O presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado de Sergipe, Ronildo Almeida, criticou hoje a falta de respeito do setor patronal para com os trabalhadores, por terem se negado a assinar o acordo da data-base de primeiro de maio, fechado sob a mediação do dr. Nilson Socorro,representando o Ministério do Trabalho. “Os trabalhadores do comércio de Sergipe exigem respeito dos patrões para com a categoria”, disse Ronildo.
Ronildo Almeida explicou, que o processo de negociação nem sempre é fechado nesta data, tendo como exemplo o do ano anterior, nos seguimentos de farmácias e supermercados. Apesar de ter sido fechado na Delegacia Regional do Trabalho, o representante dos supermercados, Abel Gomes; o representante das Farmácias, Alex Cavalcante e o representante do setor de Tintas e Derivados, Fernando Morais, não assinaram o texto , conforme amplamente negociado diante da autoridade do Ministério do Trabalho.
Segundo Ronildo Almeida, ficou pendente de acordo o Sindicato dos Atacadistas, que tem como representante nas negociações, o vice-presidente da Fecomércio, Hugo França; e o setor de vendas de veículos, que desde a gestão de Antônio Valença até a gestão atual, de Chíntya Farias Souto, não assinam o acordo. “Esses setores do comércio de Sergipe podem ser considerados pelos trabalhadores, como desumanos, porque se negam a participar de acordos que objetivam atender aos direitos da categoria”, esclareceu Ronildo.
Patronato
O patronato do comércio de Sergipe, muito bem fortalecido pela classe politica dominante, a exemplo do deputado federal Laércio Oliveira (Solidariedade-SE), presidente da Federação do Comércio e dos Conselhos do SESC/SENAC – que deveria zelar pelos trabalhadores – ignora totalmente as dificuldades por que passa a categoria dos trabalhadores e trabalhadoras no comércio de Sergipe.
Para o presidente da FECOMSE, é preciso que os políticos não queiram apenas os votos dos trabalhadores para se elegerem e continuarem nos cargos públicos, desde o vereador,prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores e governador do Estado. “É importante se refletir, que Sergipe é possuidor de uma das maiores rendas per-capita do Nordeste e tem se mantido com o comércio aquecido em suas vendas. Esperamos dos empregadores do comércio e serviços, sensibilidade no trato com seus empregados, que são geradores de renda, através do trabalho de cada um”, concluiu Ronildo Almeida.
Fonte: Ascom/FECOMSE (Crédito/Infonet)