Sete policiais militares mortos em uma emboscada no período do Cangaço, em 1931, receberam uma homenagem póstuma da prefeitura da cidade de Paulo Afonso, nesta quarta-feira (26). Uma placa com os nomes dos policiais – um sargento e seis soldados – foi inaugurada na Fazenda do Touro, onde aconteceram as mortes.
O sargento Leomelino Rocha e os soldados Carlos Elias dos Santos, Francisco das Santos, José Carlos de Souza, José Gonçalves do Amarante, Pedro Celestino Soares e Saul Ferreira da Silva foram pegos em uma armadilha quando estavam em perseguição aos bandoleiros. O restante da tropa conseguiu se salvar depois que o comandante do grupo, tenente PM Arsênio Alves de Souza, atirou com uma metralhadora contra o bando, que fugiu.
O ataque foi cometido pelo bando de Lampião, chefe de um grupo de cangaceiros que aterrorizou as populações sertanejas na primeira metade do século 20. A cerimônia em homenagem aos policiais da Volante do Tenente Arsênio Alves de Souza aconteceu no povoado Baixa do Boi, na localidade de Tanque do Touro (Lagoa do Mel), reconhecida como um dos pontos turísticos mais importantes do cangaço. O local, carregado de história e resistência, se transformou em palco de reverência à bravura e ao legado da corporação militar.
Quem era Lampião
Lampião entrou para o cangaço em 1921 no bando de Sinhô Pereira, um dos cangaceiros de maior expressão no Nordeste. Ele queria se vingar de uma família que disputava terras com seus pais. Com as brigas, os Ferreira precisaram se mudar algumas vezes e iam empobrecendo cada vez mais. Esse teria sido um dos motivos que levou Lampião a se armar. Lampião passou a liderar ataques contra propriedades e cidades à procura de riqueza e foi o ‘cabeça’ de seu bando de cangaceiros entre 1922 e 1938, quando foi assassinado na Grota de Angicos, localizada no município sergipano de Poço Redondo.
Fonte e foto: Correio da Bahia