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Sergipe e suas belezas

Sergipe pode não ter o litoral recortado nem o mar azulzinho de outros estados nordestinos, mas em compensação oferece a maior diversidade de passeios que se pode encontrar perto da praia no Nordeste. O Estado é compacto. Vale à pena alugar um carro para fazer os passeios por conta própria. Com base em Aracaju, o turista pode visitar o litoral norte (Barra dos Coqueiros, Pirambu, o pantanal de Pacajuba), o litoral sul (Praias do Saco, Caueira e Abaís), as cidades históricas de Laranjeiras e São Cristóvão e o Parque dos Falcões, um santuário das aves de rapina. Taí um cardápio para pelo menos quatro dias inteiros.

A cereja do bolo sergipano, o passeio pelo cânion alagado do Xingó, no rio São Francisco, pode ser feito num bate-volta bastante cansativo desde Aracaju (neste caso, melhor fazer em passeio organizado do que por conta própria). Mas o turista vai aproveitar muito mais se programar um ou dois pernoites por lá, seja em Canindé de São Francisco (lado sergipano), seja em Piranhas (lado alagoano).

Reverenciada pela qualidade de vida que oferece, Aracaju conquista pela sensação de ordem e sossego. A capital é delimitada por dois rios — o Sergipe, ao norte, e o Vaza-Barris, ao sul. Às margens do primeiro ficam o centro histórico (onde o Museu da Gente Sergipana e os Mercados Centrais são visitas obrigatórias) e, em direção à saída da cidade, a Orlinha do bairro Industrial, onde funcionam restaurantes pitorescos à beira-rio, como o Bar do Sapatão.

Na direção sul, o centro dá vez ao Treze de Julho, o bairro mais elegante da cidade, onde a elite mora de frente para um lindo manguezal transformado em parque. Os dois shoppings da cidade ficam por ali: o Shopping Jardins, atrás do bairro Treze de Julho, e o Rio Mar, na Coroa do Meio, no caminho das praias. 

Praias de Aracaju

A orla começa na Praia dos Artistas, que é uma enseadinha, e por isso oferece maior a possibilidade de encontrar mar azul, mas tenha muito cuidado, pois o mar ali é muito perigoso. Depois começa a Atalaia, uma praia de faixa de areia larguíssima que foi urbanizada com bastante competência. Junto ao calçadão você vai encontrar lagos, praças, fontes, playgrounds, restaurantes (o melhor deles é o Cantina d’Italia) e o Oceanário de Aracaju.

Ainda na Orla da Atalaia, passarelas de madeira levam do calçadão até a região dos quiosques (padronizados) junto ao mar. Mais para o fim da Atalaia, no calçadão oposto à praia, fica a Passarela do Caranguejo, um nicho de bares e restaurantes capitaneado pela casa de forró Cariri.

Os melhores restaurantes da orla, porém, não estão ali: são o Pitu com Pirão da Eliane, a churrascaria Carro de Bois (numa rua interna próxima ao extinto hotel Parque dos Coqueiros), o Sollo, no hotel Aruanã, e o sofisticado Ateliê 22 (que ainda não experimentei, mas repasso com total confiança a dica da Miss Check-In; funciona para jantar de quinta a sábado e para almoço no domingo).

Quando acaba a Atalaia, a faixa de areia fica mais estreita, e a praia, mais interessante. A partir da praia da Aruana aparecerão quiosques. Mais para o sul estão os dois restaurantes/clubes de praia com melhor estrutura: o decano Parati e o Com Amor Beach Bar,  ambos na praia do Refúgio.

Organize seus passeios da seguinte maneira. Tire um dia para o litoral norte – atravesse pela ponte do Rio Sergipe, vá à estação do Projeto Tamar em Pirambu (34 km) e prossiga pelo Pantanal de Pacatuba (115 km).

Noutro dia, combine a cidade histórica de Laranjeiras (30 km ao norte) com o Parque dos Falcões. A primeira capital do estado, a lindinha São Cristóvão (23 km ao sul), cabe numa tarde – um desvio depois de pegar praia no Refúgio. Não deixe de separar um dia para ir à Praia do Saco (65 km ao sul).

Para o Xingó (220 km a noroeste) vale muitíssimo mais a pena prever um ou dois pernoites. Além do passeio-padrão de escuna ao cânion (se quiser fugir da farofa, vá no meio de semana), há a gruta de Angicos, onde Lampião foi emboscado e morto com seu bando de cangaceiros (contrate um barqueiro para ir até lá), o Museu de Arqueologia do Xingó, e a praia de rio e o casario colorido de Piranhas. (Dá também para visitar a hidrelétrica, se você gosta dessas coisas.)

Onde ficar em Aracaju

Para curtir um clima mais praiano, o pequeno Aruanã Eco Praia é o mais astral – fica no iniciozinho das praias do sul, a três minutos de carro da Atalaia, e dá a sensação de estar numa praia isolada.

Na Atalaia, o mais próximo da Passarela do Caranguejo é o San Manuel, de bom custo/benefício. Mais adiante, o Radisson, ainda novo, é o top da cidade; seus vizinhos Mercure, Celi e Real Classic completam o primeiro time da Atalaia.

Fora da praia, dois hotéis ficam nas proximidades de shoppings: o ótimo Quality, integrado ao shopping Rio Mar, e o Ibis, que está a cinco minutos de caminhada do shopping Jardim.

Aracaju é servida por vôos diretos de São Paulo, Rio, Brasília, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Maceió e Campinas. O aeroporto fica a menos de 10 minutos de táxi da zona hoteleira da Atalaia (há dois pontos de táxi: um para os táxis especiais, tabelados, e outro para os comuns, que funcionam pelo taxímetro).

De carro são 280 km desde Maceió (venha pela litorânea alagoana, atravesse pela balsa de Penedo a Neópolis e só então pegue a BR 101) e 270 km desde Salvador (a ponte Gilberto Amado, inaugurada no final de 2012, faz a ligação da Linha Verde sergipana — prolongamento da baiana — com a costeira do litoral sul, fazendo você chegar a Aracaju pela praia do Mosqueiro).

Fonte: Site Viagem na Viagem (Crédito/CTI/NE)

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