A magnífica Rosa do Deserto foi estrela neste domingo (25), do programa ‘Estação Agrícola’ da TV Sergipe. Esta planta, batizada cientificamente Adenium obesum, é natural do Sul da África e da Península Arábica, tendo chegado ao Brasil há cerca de uma década. Há pouco mais de três anos, esta exuberante espécie vem sendo cultivada e comercializada pela Projardim Ambiental, empresa localizada na Barra dos Coqueiros e administrada pelo engenheiro agrônomo André Dória.
A Rosa do Deserto é uma planta de aspecto escultural e bela floração. Seu caule é engrossado na base, uma adaptação para guardar água e nutrientes em locais áridos. As flores são tubulares, simples, com cinco pétalas. As cores são variadas, indo do branco ao vinho escuro, passando por diferentes tons de rosa e vermelho. Algumas variedades apresentam mesclas e degradês do centro em direção às pontas das pétalas. Há ainda flores dobradas, triplas, quádruplas e quíntuplas.
Único em Sergipe a cultivar comercialmente a Rosa do Deserto, André Dória diz que foi atraído pela bela arquitetura da planta, florada abundante e de cores diversificada. Com duas grandes estufas dedicadas praticamente à espécie, a Projardim Ambiental já fornece a Rosa do Deserto para Sergipe, Bahia e Minas Gerais. Os preços dependem do tamanho das mudas e dos vasos, variando de 30 centímetros a R$ 500.
Clima favorável
O agrônomo André Dória possui algo em torno de 6 mil mudas, plantas jovens e adultas com grande variedade de cores. Ele conta que a Rosa do Deserto se adaptou muito bem ao clima de Sergipe: “Ela adora calor, sol e água”, revela. Seu cultivo deve ser feito em solo perfeitamente drenado, neutro, arenoso, enriquecido com matéria orgânica e irrigado a intervalos esparsos e regulares. André alerta que a planta não tolera encharcamento.
De acordo com o agrônomo da Projardim Ambiental, outra peculiaridade da Rosa do Deserto é que ela aceita enxertia, permitindo a produção em uma mesma planta de flores com cores diferentes. Um dos segredos para deixar a base do caule interessante é levantar um pouco a planta, deixando a parte superior das raízes exposta a cada replantio, que deve ser realizado a cada dois ou três anos.
Apaixonado pela beleza da Rosa do Deserto, André Dória não nega ter se tornado um colecionador. Confessa, inclusive, ficar triste quando tem que se desfazer de determinadas espécies. Mesmo assim não esconde a alegria quando pessoas em visita aos viveiros da Projardim Ambiental são atraídas pela exuberante floração da planta e pela base de raízes, dando o aspecto de um Baobá bem velho. Alguém já escreveu que “cultivar Adenium é como pintar um quadro, você precisa ter a percepção de um artista para saber explorar o potencial de cada planta que é única em seu formato”.
Por adiberto de Souza