A prática regular do Jiu-jitsu realizada por pessoas com mais de 30 anos de idade traz resultados significativamente benéficos à saúde. Entre eles, a redução da pressão arterial, ajudando, assim, a diminuir o risco de doenças cardiovasculares nessa faixa etária. Estudo nesse sentido foi apresentado pelos pesquisadores e professores sergipanos de Educação Física, Marcelo Mota eTharciano Luiz, da Faculdade Estácio de Sergipe, durante o XXI Simpósio Brasileiro de Fisiologia Cardiovascular, realizado em São Paulo.
O evento, que reuniu autoridades da fisiologia cardiovascular do Brasil, além de promover palestras e debates, abriu espaço para apresentações de pesquisas relevantes e inéditas. O estudo apresentado pelos professores sergipanos foi desenvolvido através do programa de iniciação científica da faculdade, que objetiva proporcionar aos alunos, além da teoria curricular, a prática da pesquisa, a produção do conhecimento e a participação em eventos científicos no país.
Que o exercício físico traz uma série de respostas fisiológicas, não é uma novidade. Frequentemente, pesquisas envolvendo a prática de diversas modalidades esportivas, como as corridas, são divulgadas. “No entanto, em relação à prática do jiu-jitsu, uma arte relativamente nova, são poucos os estudos relacionados à fisiologia cardiovascular. A ‘Avaliação dos efeitos cardiovasculares após a prática do jiu-jitsu em praticantes com mais de 30 anos de idade’, que é o título da nossa pesquisa, não tinha ainda merecido o devido aprofundamento”, explicou o professor Marcelo Mota, coordenador do curso de Educação Física da Faculdade Estácio de Sergipe.
A pesquisa apresentada foi realizada em Sergipe no segundo semestre de 2016 e avaliou 10 atletas acima dos 30 anos de idade e praticantes do jiu-jitsu há mais de 10 anos. Constatou-se que, no grupo estudado, o jiu-jitsu promoveu um efeito extremamente benéfico e cardioprotetor. “Com o avanço da idade, aumentam as intercorrências cardiovasculares e o aparecimento de doenças do coração, como a hipertensão arterial, infarto agudo do miorcádio, que são problemas que podem levar à morte. A divulgação de uma pesquisa como a nossa ajuda a promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas”, afirma o professor Tharciano Luiz, coordenador do projeto de iniciação científica da Faculdade Estácio de Sergipe. “Divulgar essa pesquisa, desenvolvida também pelos nossos alunos, é compartilhar nacionalmente o conhecimento produzido no estado de Sergipe”, complementou.