Turistas são os principais visitantes do Centro Cultural de Aracaju, dentre as mais de dez mil pessoas que já passaram pelo espaço. Estudantes, através de visitas agendadas por escolas, também se encantam com os ambientes que abrigam um sumário da memória lúdica aracajuana. Localizado na praça General Valadão, bem no Centro comercial de Aracaju, ele está aberto de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados das 8h30 às 13h, oferecendo diferentes experiências a quem chega.
O prédio impressiona logo na entrada com uma imponente escadaria de madeira. Mas a visitação guiada pelo lugar, que já foi sede da Alfândega e passou 20 anos trancado até sua reabertura em 2014, começa pelo andar térreo, onde fica o Museu de Aracaju Viana de Assis. Nele está a exposição permanente dos Chefes do Poder Executivo municipal, com fotos dos gestores e um memorial que conta um pouco da história administrativa da cidade.
Num salão mais amplo, exposições temáticas se revezam. Até o dia 30 deste mês estará em cartaz a mostra “Cheiro, Cor e Baião. Viva São João”.
“Este é um museu que foi criado na gestão do prefeito Viana de Assis e funcionava no Parque Augusto Franco. Passou muito tempo desativado até ser reaberto e ter nova sede aqui”, informa a museóloga do Centro Cultural, Heyse Oliveira, que atua no espaço desde a sua inauguração. Dentro do museu existe ainda uma Sala Documental, que trata da transferência da capital de Sergipe de São Cristóvão para Aracaju, contando inclusive com recurso audiovisual.
Ainda no primeiro piso, outro espaço abriga exposições temporárias, atualmente em cartaz “Aracaju no Tempo dos Bondes“. E também no térreo está o Teatro João Costa, com capacidade para 100 pessoas e bem equipado para receber além de espetáculos teatrais, eventos, simpósios e palestras. O espaço também permite aos grupos formados na Escola de Arte Valdice Teles terem um lugar a mais para suas apresentações.
O Memorial da Alfândega é outra atração do primeiro piso. A pequena sala é, na verdade, um antigo cofre onde eram guardados objetos valiosos e hoje conta a história do prédio, que há cerca de três anos ganhou o seu uso definitivo. E o visitante encontra ainda a sala Walmir Almeida, com 98 lugares, que está dentro do Centro Cultural, mas integra do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira.
De acordo com a coordenadora do Núcleo, Carolina Westrupp, não se trata apenas de mais um local de exibição. “É um setor audiovisual do município de Aracaju. O Núcleo trabalha em três frentes, na criação de público consumidor, na formação profissionalizante e começando a trabalhar com a juventude, dentro das escolas”, informou.
Informação e formação
Subindo as escadas, há o espaço de Multimeios, que conta com três salas de aula para a realização de oficinas diversas e um espaço para exposições, que atualmente recebe “O Carrossel de Tobias”. O monumento encantou crianças e adultos nas antigas festas natalinas do Parque Teófilo Dantas, em Aracaju. Deste ponto é possível desfrutar também de uma atração à parte: a vista e a brisa do rio Sergipe.
Mas é ao alcançar a Sala de Cultura Popular Mestre Euclides que o visitante tem o ponto alto da visita. Uma exposição permanente encanta crianças de todas as idades e desperta a criança que existe em cada adulto. Mostras de teatro de bonecas, danças e folguedos, do grupo Mamulengo do Cheiroso colorem o espaço e convidam para uma viagem à infância nordestina.
No local também está a Biblioteca Mário Cabral, ponto que encerra o passeio. Ali a visita é livre, mas dispõe de orientação de funcionários. O acervo com cerca de 2.500 exemplares é focado na literatura sergipana, mas com espaço para a poesia universal. Com obras raras em livros com mais de cem anos, o pequeno espaço guarda uma imensa riqueza intelectual ainda pouco apreciada. Uma média de 25 usuários passa pelo espaço a cada mês.
A bibliotecária Verônica Cardoso explica que existem acervos completos de escritores como João Costa e Ana Medina. “Aqui está o acervo pessoal e memorial de Mário Cabral, patrono da biblioteca. Temos também um telecentro para pesquisa com o catálogo da biblioteca e um banco de dados com mais de 250 escritores sergipanos na base. Estamos na fase de construção sobre os artistas plásticos sergipanos”, explicou.
Texto e foto: Secom/PMA