O Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher está promovendo uma intensa ação de processos envolvendo crimes contra a mulher. A previsão é que ocorram cerca de 60 audiências diárias até o final da “X Semana da Justiça pela Paz em Casa”, evento promovido pelo Tribunal de Justiça como parte das comemorações pela passagem do Dia Internacional da Mulher.
O objetivo da “Semana da Justiça pela Paz em Casa” é ampliar a efetividade da Lei Maria da Penha e realizar ações de cunho preventivo em parceria com a rede de atendimento e enfrentamento à violência doméstica e familiar. A Faculdade Estácio de Sergipe ampliou sua parceria com o Tribunal de Justiça, devendo o Juizado contar com a participação de professores e estudantes do curso de Psicologia, no trabalho de acolhimento de crianças envolvidas no senário de violência doméstica.
O diretor da Estácio, professor Bruno Antunes, disse que a parceria do Curso de Psicologia com o Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher demonstra o envolvimento da faculdade com a comunidade em seu entorno. “Professores e estudantes estão de parabéns por esta importante ação desenvolvida em favor da sociedade”, frisou.
Para o professor João Paulo Feitosa, coordenador do Curso de Psicologia da Estácio de Sergipe, objetivo da parceria com o Juizado é evitar que, no futuro, as crianças e adolescentes que vivem em cenário de violência familiar propaguem ou repliquem tal situação ou sejam afetadas por problemas mentais. Coordenador do Curso de Psicologia, João Paulo diz que ao realizar ações de cunho preventivo, o Tribunal de Justiça ampliar a efetividade da Lei Maria da Penha.
Agressor se acha vítima
A maioria dos homens que pratica violência doméstica contra a mulher se considera vítima da situação e até acha que teve razão. Também é possível notar a dificuldade que eles têm para se reconhecerem como agressores. Estas são alguns das conclusões a que chegou o professor mestre João Paulo Feitosa. Coordenador do Grupo Viver Melhor, criado pelo Tribunal de Justiça de Sergipe, em parceria com a Faculdade Estácio de Sergipe, Feitosa entende que, independente da punição, “o autor da violência doméstica precisa se transformar em um agente de mudança. Ele deve ser o primeiro a falar publicamente sobre as consequências negativas do seu ato”, explica.