A região norte de Sergipe oferece aos visitantes umas das paisagens mais exuberantes do Estado. A cidade de Santana do São Francisco (antiga Carrapicho), com seu artesanato em cerâmica; Pacatuba e seu Pantanal, e Brejo Grande, onde se localiza a belíssima Foz do Rio São Francisco, têm muito para oferecer aos turistas. Para curtir melhor esses roteiros, o ideal é passar uns dois dias na região. Saindo de Aracaju, a primeira parada turística no município de Pacatuba, que fica a menos de duas horas da capital.
Pantanal
O Pantanal de Pacatuba guarda um dos visuais mais interessantes de todo o litoral brasileiro, sendo o maior aquífero do Nordeste, onde a água potável é abundante. São 40 km² interligados por lagoas e cobertos por plantas típicas de áreas alagadas, como juncos, aguapés, aningas e macroalgas. O Pantanal reúne uma biodiversidade inigualável, unindo na mesma região, antanais, manguezais, dunas, mar, Mata Atlântica e uma fauna muito rica, formada por lontras, capivaras, jacarés-de-papo-amarelo, além de mais de 100 espécies de aves.
Conhecer o pantanal nordestino é uma experiência maravilhosa já que o local é um exemplar único em todo o Nordeste. A região ainda revela paisagens extremamente belas, intatas e prontas para dar aos turistas o prazer de visitar um paraíso, onde fauna e flora ainda não sofreram influência e um verdadeiro berçário de vida marinha sem deixar de dar uma paradinha na Ponta dos Mangues, uma vila de pescadores que mantém a simplicidade rústica e um chame todo pessoal emoldurado pela natureza e o rio que parece uma piscina.
Foz do São Francisco
Saindo de Pacatuba e seguindo em direção a Foz do São Francisco a próxima parada é o município de Brejo Grande, que sempre teve um grande potencial turístico. O visitante nesta cidade poderá conhecer dezenas de ilhas, com um denso e rico manguezal sem deixar de falar da grandeza e beleza do Rio São Francisco, que encanta qualquer pessoa.
Essa cidade ribeirinha é onde fica a foz sergipana do Rio São Francisco. Por conta de sua formação geológica, o município é quase todo formado de duna e restingas, intercaladas por lagoas e apicuns, onde se pode visualizar o encontro do Velho Chico com o Oceano Atlântico. E é neste cenário que fica o Cabeço, situado às margens do rio São Francisco, um povoado que era uma comunidade tradicional de pescadores que foram obrigados a fugir das forças das águas por conta da diminuição da vazão do São Francisco, devido ao seu represamento em 1995, para construção da usina de Xingó, que causou um desequilíbrio na foz entre as forças do rio e do oceano.
O passeio à Foz do São Francisco ou ao Pontal do Cabeço, como é conhecido, pode ser realizado por lancha, barco ou catamarã. E é lá que o turista poderá conhecer um símbolo da existência deste povoado, o Farol do Cabeço, que foi construído pelos holandeses em 1870. Cravado no meio do mar, o Farol é a única testemunha da vila que está agora submersa aos seus pés. Para finalizar a sua permanência no município, aproveite e desfrute da culinária local, recheada de frutos do rio e do mar como o camarão dentro do côco verde e a sobremesa tipicamente local, o pudim de côco verde, servidos pelo restaurante e pousada Carapeba, que fica às margens do Rio São Francisco.
Santana do São Francisco
Saindo da Foz do São Francisco agora é o momento de algumas comprinhas em Santana do São Francisco, um local excelente para quem gosta de artesanato de cerâmica feito por artesões locais.
O município, que já foi conhecido por Carrapicho, tem na sua natureza os trabalhos naturais feitos do barro (matéria-prima abundante na região), distante 125 quilômetros da capital sergipana, Santana do São Francisco, como hoje é conhecida começou foi colonizada por portugueses que expulsaram os holandeses que habitavam a região. Foi numa fazenda que os portugueses fundaram o município que foi implantado a primeira peça de cerâmica, chamada Carrapicho. O primeiro nome da povoação foi colocado em decorrência da abundância de uma planta rasteira chamada carrapicho, que tem espinhozinhos que aderem à roupa dos humanos e ao pelo dos animais.
Hoje, a cidade vive e respira o artesanato e é conhecida nacionalmente como a cidade da cerâmica, que se encontra disseminada por todo o território sergipano. Entre as peças, encontram-se verdadeiras preciosidades que representam a criatividade do artesão e a capacidade de inovar sem que sua obra perca características tipicamente sergipanas. A cerâmica de Santana do São Francisco reúne verdadeiras obras de arte e artesões de renome internacional como o Beto Pezão e Wilson (Capilé), artistas que possuem o dom natural de transformar o barro em grandes obras de arte.
Fonte: Secon do Governo de Sergipe (Crédito/ Carlovancy Andrade)