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Aplicativo de turismo cultural em Aracaju disputa prêmio Nacional

Maria Beatriz (E), Fernando Marinho, Anne Caroline e Thaylon Sávio

A estudante do curso de Designer Gráfico, da Universidade Tiradentes-Unit (SE), Maria Beatriz Mendonça Oliveira está entre as selecionadas ao Prêmio do Design Instituto Tomie Ohtake Leroy Merlin. O anúncio dos 15 projetos escolhidos, entre os 133 inscritos provenientes de 18 estados brasileiros, além do Distrito Federal, foi feito no dia 4 de dezembro. O prêmio busca propostas que destaquem e concebam a relação do design com outros campos, como arquitetura, biologia, engenharia, moda, tecnologia e ciências sociais. A segunda edição trouxe o tema “Circular”.

Beatriz Oliveira encarou o desafio de apresentar um projeto com sinônimo de deslocamento, uma espécie de circuito que está muito relacionado com suas raízes. “Desenvolvendo alguns trabalhos ao longo do curso pude perceber que o sentimento da população aracajuana com a cultura local acontece de forma tardia ou geralmente não é algo muito próximo das pessoas. Por isso, durante o processo de definição do tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) levantei a problemática relacionada à baixa frequência da população local nos prédios culturais do centro de Aracaju. Museus, centros de cultura e galerias. Todas essas edificações promovem acervos e eventos gratuitos durante o ano todo e, apesar disso, muitas pessoas da cidade sequer às visitam”, explicou.

Assim nasceu o “Arrudeio”, uma gíria local, que ganhou versão high-tec. “Arrudeio é um falar sergipano que está bastante presente em nosso dialeto e representa o objetivo principal do projeto: fazer as pessoas circularem pela cultura sergipana. Uma solução muito pertinente ao design para esse problema é facilitar o acesso da informação a respeito do que, quando e onde acontecem as programações fixas e temporárias (sendo acervos, eventos) dessas edificações culturais”, revelou.

A proposta do projeto é informar, orientar, organizar e ressignificar as informações relacionadas aos edifícios culturais existentes no centro de Aracaju por meio de mapas que estarão disponibilizados nas ruas do centro. Além de localizar os edifícios e informações secundárias, os mapas contarão com informações adicionais sobre a história de Sergipe. “O aplicativo tem o objetivo de complementar a sinalização em meio digital, facilitando tanto um acesso prévio quanto gerando uma relação com o usuário através da divulgação das programações e informações extras. O app também irá proporcionar a possibilidade de criar circuitos pelos prédios de acordo com o tempo que o usuário tem disponível e suas preferências em relação aos assuntos que mais lhe interessam, abordados pelas instituições culturais. Os circuitos completos irão levar à interação entre os ambientes físico e digital, mapa e aplicativo. Além de informar um pouco mais sobre cada prédio individualmente e sua vasta programação cultural”.

O projeto está na fase de sinalização para o Trabalho de Conclusão de Curso-TCC e as experiências de usuários e interface do aplicativo estão sendo desenvolvidas com os co-autores Anne Caroline Vitor de Sá, Thaylon Sávio Lima Torres.  O trabalho tem a supervisão do Professor Especialista em Design de Hipermídia, Fernando Marinho Fernandes Silva.  “Tentar resolver problemas de design relacionados à Aracaju sempre foi uma das minhas metas. Espero que o projeto consiga solucionar da melhor forma, proporcionando uma relação mais firme entre os usuários do centro e suas instituições, concluiu Beatriz.

O prêmio

O prêmio propõe um tema-desafio a cada edição. Em 2018 tema foi “Compartilhar”, em 2019, “Circular”. A partir do tema, universitários e recém-formados de qualquer área podem inscrever seus projetos com  propostas que concebem a relação do design com outros campos, como arquitetura, biologia, engenharia, moda, tecnologia e ciências sociais e com isso promover o diálogo do design com outros campos, instigando soluções para questões contemporâneas relacionadas ao nosso cenário social, político, urbano, habitacional, além de demandas tecnológicas.

Os selecionados receberão R$ 5 mil para desenvolvimento do protótipo que será exposto a partir de 26 de março de 2020, no Instituto Tomie Ohtake. Na abertura da mostra, serão anunciados os três premiados contemplados com bolsas de estudo em cursos livres de design no exterior.

Fonte e foto: Ascom/UNIT

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