Produtores de leite do semiárido sergipano aguardam ansiosos a retomada da produção pela Fábrica de Laticínios Sabe, localizada em Muribeca. Adquirida, em setembro passado, pela A CBL Alimentos, maior empresa de lácteos do Nordeste e dona da marca Betânia, a Sabe está sem produzir desde o início de 2019.
A expectativa dos criadores justifica-se: eles esperam que com o retorno da produção pela Sabe o preço do leite, vendido hoje a R$ 1,22 o litro, seja reajustado. Atualmente, a Laticínio Santa Maria (Natville), de Nossa Senhora da Glória, compra a maior parte dos cerca de 800 mil litros produzidos no semiárido sergipano. Algo em torno de 20% do leite da região fica com as queijarias que resistiram à forte fiscalização fiscal e sanitária.
Aporte de R$ 20 milhões
A CBL Alimentos anunciou, no final de 2019, um aporte financeiro de mais R$ 20 milhões no Nordeste. Parte destes recursos foi destinada a uma nova linha de produtos e à atualização de outras unidades da empresa em Sergipe e Pernambuco. Segundo matéria publicada pelo jornal Valor Econômico, a empresa também lançou um novo posicionamento no mercado, e passou a se chamar Betânia Lácteos. O plano da Companhia é elevar a captação a 1 milhão de litros em dois anos.
Sabe Alimentos
A indústria de laticínios Sabe Alimentos foi fundada pelo Grupo Albano Franco. A unidade fabril tem 10.700 metros quadrados de área construída e produzia leite condensado, leite longa-vida, creme de leite e bebidas lácteas. Tem capacidade instalada para processar 330 mil litros de leite por dia e infraestrutura pronta para 500 mil. Na implantação do empreendimento foram investidos R$ 95 milhões. Além da unidade, a empresa dispõe de frota própria para captação de leite, vendas e distribuição.