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Sergipe é bom criador de peixe

Os piscicultores de Sergipe produzem peixes de espécies variadas, como a tilápia e o tambaqui

A aqüicultura está presente em praticamente todas as microrregiões de Sergipe, apresentando os mais diversos níveis de tecnificação e contribuindo para a geração de empregos e renda. Para apoiar o Programa de Desenvolvimento da Aqüicultura, a Codevasf mantém seis estações de piscicultura, que desenvolvem pacotes tecnológicos em reprodução e alevinagem de espécies de peixes de importância econômica e ecológica.

Apresentam potencial para desenvolvimento da aqüicultura áreas em todo o estado, mas, preferencialmente, aqueles municípios localizados às margens do Rio São Francisco (Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Gararu, Amparo do São Francisco, Nossa Senhora de Lourdes, Propriá, Neópolis, Brejo Grande e Ilha das Flores). Também merecem destaque os distritos de irrigação e perímetros irrigados, além das áreas estuarinas com potencial para carcinicultura e ostreicultura.

Os piscicultores de Sergipe produzem peixes de espécies variadas, como a tilápia, o tambaqui e o conhecido popularmente como xira. A produção é fruto de um projeto desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe e que tem a participação de cerca de 50 famílias em seis municípios sergipanos.

Cohidro orienta

A iniciativa visa dar apoio aos pequenos criadores proporcionando geração de renda. Há 16 anos, A Cohidro apoia o desenvolvimento da piscicultura no interior de Sergipe, prestando assistência técnica aos pequenos produtores e oferecendo novas tecnologias através de cursos, palestras, treinamentos e reuniões. A estatal também acompanha e orienta as associações de criadores na comercialização de sua produção, seja em feiras livres, supermercados, ou através da venda direta para a Companhia Nacional de Abastecimento.

A criação de peixes pode acontecer em viveiros escavados, como no povoado Colônia 8, no município de Neópolis, onde 29 famílias se dedicam à atividade. Mas o mais comum é a produção em tanques-rede, espécies de gaiolas que ficam mergulhadas no lagos formados pelas barragens. Neste último cenário, ganha destaque o povoado Serra das Minas, em Campo do Brito, onde a Cohidro, mantém uma unidade modelo do projeto.

Padrão tecnológico

A Aqüicultura no Estado de Sergipe aparece no cenário sócio-econômico como um setor de grande importância por seu potencial e rentabilidade. Nosso estado possui condições para a implantação de projetos em ostreicultura e carcinicultura, mas o grande potencial é sem dúvida a piscicultura, seja em viveiro, tanques-rede ou canais de irrigação.

Das regiões com potencial para a piscicultura, destaca-se o pólo de aqüicultura do Baixo São Francisco (que abrange também o estado de Alagoas), sendo reconhecido hoje no país, por técnicos e empresários, como de grande potencial para o desenvolvimento do setor.

A piscicultura na região do baixo São Francisco apresenta grande potencialidade em viveiros e canais de irrigação, aliados a uma vocação para o cultivo de pescado em sistema superintensivo de tanques-rede. Entretanto, por se tratar de exploração em águas públicas da União, tem havido limitações à expansão da atividade (tanques-rede) em virtude da burocracia para a regulamentação de uso, licenciamento e cessão das áreas.

É importante ressaltar que Sergipe detém a produção de diversos insumos básicos necessários para o desenvolvimento da aqüicultura, reduzindo assim em grande parte seu custo com frete. O Estado dispõe de calcário, fertilizantes químicos com grande produção de ureia e também uma fábrica de ração instalada em Própria.

Foto: portal flickr

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