Sem o salário de dezembro, 13º terceiro (dos aniversariantes de julho a dezembro) e reajuste do piso da categoria desde 2017, os professores de Carira decidiram entrar em greve. O susto dos grevistas foi que mesmo antes de o movimento começar já havia liminar judicial impedindo o protesto dos professores e professoras contra a velhacaria da administração municipal carirense.
Apesar de proibidos de cruzarem os braços, os professores saíram às ruas de Carira, denunciando o prefeito Arodoaldo Chagas (PSDB) pelo não pagamento dos salários, do 13º e não cumprimento da lei do piso da categoria. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintese), situação educacional em Carira é ruim em vários sentidos: as escolas precisam urgente de reformas, o transporte, principalmente para estudantes da Educação para Jovens e Adultos.
Sem bibliotecas
O Sintese denuncia que, de acordo com o Censo Escolar de 1918, nenhuma, das 24 escolas municipais de Carira, conta com biblioteca. Menos da metade (11) têm acesso à internet. Só 17 têm serviço de água encanada, três escolas contam com rede de esgoto, e só uma escola tem quadra de esportes. “É preciso que o prefeito de Carira vá além das promessas de campanha e, efetivamente, priorizar a Educação. Isso passa por garantir escolas dignas, transporte e alimentação escolar de qualidade e por valorizar os professores e professoras”, afirma o Sintese em nota de apoio aos professores carirenses.