Sergipe (54,4%) é o 7º estado brasileiro com a maior taxa de informalidade, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgada nesta sexta-feira (14). O IBGE considera trabalhadores informais os que exercem atividades sem carteira assinada, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.
A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, explica a relação entre o aumento da população empregada no Brasil e o crescimento da informalidade: “Mesmo com a queda no desemprego, a gente observa que a taxa de informalidade é superior ao crescimento da população ocupada. Em praticamente todo o país, quem tem sustentado o crescimento da ocupação é a informalidade”, afirma. E a pesquisadora tem razão: a informalidade tem assolado o mercado de trabalho. Segundo a PNAD, 41% da população brasileira está trabalhando sem carteira assinada.
Sem previdência
Segundo os economistas, com o aumento da informalidade, caiu o percentual da população ocupada que contribui para a Previdência. Em 2019, 62,9% dos trabalhadores contribuíam para a aposentadoria, o menor número desde 2013. A informalidade também tem implicações sobre a produtividade. A perpetuação do emprego informal contribui para que o país permaneça com produtividade muito pequena na economia, e a produtividade é um elemento fundamental para o Brasil crescer.