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Embora adversário, delegado defende delegada

Paulo Márcio condena quem levanta suspeita contra a seriedade de Danielle Garcia

A pré-candidata a prefeita de Aracaju, delegada Danielle Garcia (Cidadania), ganhou um defensor de penso: o também delegado e prefeiturável Paulo Márcio (DC) saiu em defesa da colega, criticada por setores da imprensa, que duvidaram de sua capacidade para administrar a capital. Numa extensa nota pública, o policial e pré-candidato afirma que “pela honestidade e seriedade de Danielle Garcia, eu ponho a minha mão no fogo”.

Veja, abaixo, a nota do prefeiturável Paulo Márcio:

Alguns comentários feitos pelo jornalista e radialista André Barros acerca da pré-candidata a prefeita de Aracaju Danielle Garcia (Cidadania) provocaram uma acalorada discussão nas redes sociais nos últimos dias. Algumas pessoas saíram em defesa da delegada e acusaram André de machismo e misoginia. O jornalista, por sua vez, se defendeu, afirmando ter tão somente cumprido o seu papel de analisar, de maneira imparcial, os fatos a que teve conhecimento, independentemente do gênero da pessoa objeto de seus comentários. Nas mesmas redes sociais, obteve o apoio de alguns colegas da imprensa, que consideraram exageradas as reações dos correligionários da delegada.

Por mais relevante que seja a discussão em torno de um possível preconceito de gênero, penso que a questão de fundo merece maior atenção por parte de todos os envolvidos e da sociedade em geral, pois tem potencial para atingir a honra da postulante ao cargo de prefeita da capital e, por conseguinte, o projeto do grupo. Como todos já sabem, também sou pré-candidato ao cargo de prefeito de Aracaju pela Democracia Cristã (DC), vale dizer, adversário de Danielle no pleito que se avizinha. Não obstante isso, tenho com ela uma relação de amizade de quase duas décadas, condição que me obriga tanto quanto me habilita, assim entendo, a me posicionar publicamente, não contra o jornalista, a quem respeito e não tenho o direito nem a pretensão de julgar, mas em defesa da amiga circunstancialmente adversária, pois, se assim não o fizesse, seria duramente cobrado pela minha consciência até o último dos meus dias.

Danielle e eu não só ingressamos juntos na Polícia Civil em novembro de 2001, como, literalmente, iniciamos juntos nossa carreira na mesma regional (Ribeirópolis). Eu acumulava as delegacias de Ribeirópolis e Moita Bonita, ao passo que ela chefiava as unidades de Nossa Senhora Aparecida e São Miguel do Aleixo. Viajávamos em um potente Fiat Uno Mille 1.0 com os outros membros da tripulação herdada do amigo Paulo Ferreira Lima: dois agentes e uma escrivã. A esses intimoratos cinco policiais resumia-se a equipe da polícia judiciária daquela regional.

Sua filha Maria, hoje uma moça linda e inteligente de 19 anos que cursa Direito e pretende trilhar os caminhos da mãe, era então um bebê de poucos meses, totalmente dependente dos cuidados daquela que se desdobrava entre as funções de delegada, mãe e dona de casa. Movida a nhoque, que levava todo santo dia em sua marmita (até hoje ela não consegue comer carne e outras proteínas animais), Danielle desempenhava com maestria e profunda responsabilidade sua atividade profissional, sem descuidar da casa e de sua filha, seu maior tesouro.

Em 2007 voltamos a trabalhar juntos. Desta feita eu chegara à Superintendência da Polícia Civil e a indiquei para a direção do Sistema Integrado de Segurança Pública – SISP, salvo engano o primeiro cargo em comissão que ela desempenhou na SSP. Naquele mesmo ano eu criei a Delegacia Especial de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária e a Administração Pública – DERCECAP, nomeando titular o delegado Ronaldo Marinho. Com a minha saída prematura da Superintendência, Danielle também deixou o SISP. Em 2009, foi convidada para o DEOTAP (cujo embrião foi a DERCECAP) onde desenvolveu um trabalho que lhe conferiu notoriedade, mas, verdade seja dita, legou-lhe uma lista de inimigos poderosos, influentes e perigosos.

É óbvio que, como postulante ao cargo de prefeita, caberá a Danielle – como a cada um de nós – convencer o eleitorado de que reúne as condições para tanto, inclusive no que diz respeito à capacidade de gestão. No que toca à sua honestidade e ética, no entanto, penso que é dever de todos nós que a conhecemos não só prestar-lhe a devida solidariedade diante da leviana e criminosa acusação feita por um empresário inescrupuloso e corrupto, como defender o seu legado à frente do DEOTAP, e, por extensão, a seriedade e lisura do trabalho desenvolvido pela Polícia Civil para reprimir organizações criminosas que agiam e continuam a agir em conluio com gestores públicos para saquear o erário.

E para aqueles que ainda possam ter qualquer dúvida em relação à retidão de caráter da delegada e pré-candidata Danielle Garcia, eu afirmo com total convicção: “pela honestidade e seriedade de Danielle Garcia, eu ponho a minha mão no fogo!.”

Siga em frente, Danielle, e que Deus a abençoe nessa caminhada!

Delegado Paulo Márcio (DC)

Pré-candidato a prefeito de Aracaju”.

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