A Prefeitura de Aracaju, através do Programa Praia para Todos, adquiriu e doou projeto Estrelas do Mar 30 pranchas de bodyboard, 10 cadeiras de rodas anfíbias, 50 camisas com proteção ultravioleta. Também disponibilizou um micro ônibus, fundamental para auxiliar o deslocamento das famílias assistidas pelo projeto. Fundador do fantástica iniciativa, Byron Santos se disse feliz com a doação. Ele também ressaltou a sensação de felicidade que um voluntário sente: Poder compartilhar tempo, que é algo tão precioso, para ajudar, melhorar a vida de alguém, é a grande chave de tudo”, explica.
No Estrela do Mar a prática do bodyboard é muito mais que um simples esporte. O Projeto usa as pranchas como ferramenta de inclusão social. Todos os sábados, quase uma centena de jovens com necessidades especiais se reúnem com voluntários e participam de uma série de atividades, particularmente a prática do bodyboarding, que os ajuda a desenvolver a coordenação motora. O Projeto funciona no bar e restaurante Salarium, localizado na rodovia José Sarney, e é administrado pelo policial Byron e sua esposa Anne.
Marieta Martins, mãe do Ronaldo, conta que conheceu o projeto por meio da Associação Sergipana dos Cidadãos com Sindrome de Down. “Só tenho elogios para o Estrelas do Mar, que proporciona momentos de lazer e autoestima, ajudando no desenvolvimento das pessoas com deficiência. Meu filho adora o projeto e não perde uma aula, pois é muito importante o relacionamento dele com todo o grupo. Ronaldo, inclusive, já ganhou algumas medalhas em olimpíadas especiais”, diz Marieta.
Projeto é fundamental
Voluntário, o professor Marcelo Mota, coordenador do Curso de Educação Física do Centro Universitário Estácio de Sergipe, garante que o Projeto Estrela do Mar é fundamental para as crianças e adolescentes portadoras de necessidades especiais: “Ao participarem das aulas de bodyboard, elas se socializam, fortalecem a musculatura e desenvolvem a coordenação motora”, ensina. Segundo o Marcelo, professores e estudantes de outros cursos da Estácio, como Fisioterapia e Nutrição, também participam do projeto.
Tâmara estuda Fisioterapia e é voluntária. “Quando cheguei, a surpresa foi enorme. O clima é contagiante e você é recebido com sorrisos e abraços. Essas crianças nunca lhe viram, mas isso não importa pra elas. A interação começa e aí não tem como não se envolver. A gente acha que vai chegar e ajudá-los demais. A maior surpresa é perceber que nós é quem somos ajudados por eles. Nós amadurecemos muito. Isso aqui mexe com a alma!”, diz Tâmara, empolgada.
Todos ao mar
Quando chegam no bar e restaurante Salarium, as crianças e adolescentes portadoras de necessidades especiais são recebidas pelos voluntários e logo estão se aquecendo para a manhã de muita diversão. Primeiro, todos fazem o aquecimento, que vai desde aula de ginástica aeróbica, disputa de cabo de guerra, pula corda, jogo de peteca e outras animadas brincadeiras. Depois, todos vão para o mar. Os que tem dificuldades de locomoção, são levados em cadeiras anfíbias para a animada prática do bodyboard.
Terminada aula no mar, voluntários e “alunos” se reúnem num grande círculo para a apresentação dos novatos e uma pequena preleção sobre a importância do projeto. Quando retornam ao espaço coberto do bar, são recepcionados com um diversificado e apetitoso lanche, preparado pelos familiares e voluntários, entre os quais professores e estudantes de Nutrição da Estácio de Sergipe.
Segundo Nelson Dias, já são cerca de 100 alunos e quase 60 voluntários como ele. “Aqui a gente faz de tudo um pouco. Quem é professor orienta as atividades esportivas, outros se envolvem na preparação dos lanches ou se encarregam das cadeiras anfíbias, usadas para levar ao mar aqueles com dificuldade de locomoção. São tantas atividades que a gente nem percebe o tempo passar”, revela. Para participar como aluno, instrutor ou colaborador, é só entrar em contato com por meio da página do Projeto Estrela do Mar no Facebook.
Fotos: Secom/PMA