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Adutora rompe e inunda rádio Rio/FM

Parte do imóvel onde funciona a rádio foi tomada pelas águas

A tubulação da Adutora do Sertão, em Porto da Folha, voltou a estourar, neste domingo (29), inundado parte das instalações da Rádio Rio/FM, que se encontra fora do ar por medida de segurança. Pelas redes sociais, os locutores apelaram à Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) que recupere a tubulação para que as águas baixem e permitam que a rádio volte ao ar.

O locutor Erinaldo Bukbel, que apresentava um programa quando a tubulação se rompeu, tomou o maior susto com barulho e a força das águas inundando a garagem emissora. Felizmente, ninguém se feriu, mas o carro da rádio foi parcialmente alagado, pois estava parado na parte mais baixa do imóvel. Mais uma vez, o rompimento da adutora deixou vários municípios do sertão sem água tratada.

Sem conserto

A Adutora do Semiárido vive rompendo sua grossa tubulação, deixando sem água cerca de 100 mil pessoas em 25 municípios sergipanos. E por que o equipamento apresenta tantos defeitos? Oficialmente, a Deso diz ainda não saber o que tem causado os rompimentos, porém, à boca miúda, engenheiros garantem que o problema está no material usado: tubos de RPVC (Plástico Reforçado com Fibra de Vidro).

Segundo engenheiros que participaram da implantação daquela adutora, era para ser utilizada tubulação de aço, porém havia uma exigência em Brasília para que os canos fossem de RPVC, à base de resina poliéster, fibras de vidro, cargas minerais e aditivos. Não adiantaram as pressões e argumentos da Deso em favor da tubulação de metal, tendo, afinal, o governo estadual cedido, pois só assim garantiria o financiamento para iniciar as obras da adutora.

Para estes engenheiros, que não aceitam se identificar, a pressão da água no começo da adutora é muito forte, provocando movimentos constantes na tubulação e, consequentemente, o seu rompimento. O problema tem ocorrido nos primeiros cinco quilômetros, justamente onde a pressão é muito elevada. Por ser uma obra nova – a adutora começou a operar em 2010 – dificilmente o governo estadual conseguirá financiamento para substituir a tubulação de RPVC, alternativa sugerida pelos técnicos para resolver os constantes problemas. Para eles, não adianta consertar, pois os tubos vão continuar se rompendo.

Mais de 50 km de extensão

Com 56,2 quilômetros de extensão, a adutora sai de Porto da Folha, a 190 quilômetros de Aracaju – ao lado da Adutora do Alto Sertão – atravessa o município de Gararu e chega ao reservatório em Nossa Senhora da Glória, localizada a 126 quilômetros da capital.

 

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