Um princípio de motim, neste sábado (11), deixou dois detentos feridos no Complexo Penitenciário Doutor Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão. Inicialmente, os agentes prisionais usaram armas não letais com balas de borrocha, mas a situação se agravou se fazendo necessário a utilização de munição real. Os presidiários feridos estão internados no Hospital de Urgência de Sergipe, em Aracaju, e o quadro deles é estável.
Tudo começou quando presidiários do Pavilhão 5 tentaram render os agentes. Estes dispararam tiros não letais, porém os amotinados não se renderam. Ao contrário, quebraram todas as grades das celas e usaram colchões como escudos para acessar a grade principal. Foi aí que os agentes usaram munição real para controlar a situação.
Sobre o princípio de motim, a Secretaria Estadual da Justiça distribuiu a seguinte nota:
“A Secretaria de Justiça, Trabalho e Defesa do Consumidor (Sejuc) informa que presos do Pavilhão 05, ala A, do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão, tentaram render agentes no final da manhã deste sábado (11).
Os internos quebraram todas as grades das celas simultaneamente e usaram colchões como escudos para as munições não letais (projéteis de borracha). Assim, segundo os agentes, conseguiram acessar a grade principal,
Ao acessar a grande principal do pavilhão e sem cessar a progressão, mesmo com os disparos de arma não letal, houve a necessidade dos policiais penais dispararem tiros de arma letal, usando a técnica de progressão do uso da força.
Dois dos presos foram atingidos por munições letais e, assim, todos recuaram. Um interno foi atingido no braço e o outro na região do tórax. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado imediatamente e fez o atendimento aos internos. Ambos foram encaminhados para o Hospital e não correm risco de morrer.
Um procedimento administrativo foi instaurado, como de costume, para averiguar a situação. A Sejuc reforça que o uso progressivo da força foi utilizado de forma adequada e ressalta a atuação correta de seus policiais penais”.