Passageiros reagem contra ameaça das empresas

Usuários do transporte coletivo da Grande Aracaju reagiram contra a ameaça de paralisação dos ônibus, feita por Alberto Almeida, presidente do Sindicato das Empresas. Segundo ele, a prestação desse serviço essencial pode entrar em colapso a qualquer momento, porque enquanto o número de passageiros caiu mais de 70, as despesas continuam as mesmas: “Só de combustível, o gasto mensal é de R$ 3 milhões”, afirma ele. “Isso não é verdade. Conte outra, presidente”, fustiga o internauta Gilvan Pereira de Aquino.

Hudson pereira de Moraes é outro que discorda de Alberto Almeida: “Não acredito no presidente do Sindicato. As empresas de ônibus sempre foram muito bem pagas e nunca melhoraram as frotas. Ora, se o negócio não está dando, cedam o lugar para outras empresas”, sugere Hudson, desconfiado que as concessionárias estão querendo é pressionar a Prefeitura da capital por um reajuste no preço da passagem. A internauta Simone reclama que os ônibus são velhos e deixam os passageiros esperando por muito tempo no ponto de parada.

Outro que se queixa do serviço é Everaldo. Segundo ele, o número de ônibus foi reduzido em Aracaju. “A minha esposa ficou no terminal da zona sul das 17:30h as 19h esperando o carro da linha 600/2. Pior é que quando um quebra, o substituto demora muito, sem contar que não existe fiscal da SMTT. E como esta linha não tem concorrência, as empresas fazem o que bem querem”, denuncia. Paulo Nascimento reclama que o valor da passagem por quilômetro rodado é muito elevado. “Interessante é que as empresas quebram em Aracaju e os seus donos permanecem ricos. Alguns vão abrir outras em outros estados”, afirma.

Suspeita da despesa

O internauta Marcelo não esconde a indignação com as concessionárias de transporte coletivo. De acordo com ele as empresas “estão querendo se aproveitar da situação justo agora que o governo estadual decretou estado de calamidade por causa do coronavírus. Vocês são canalhas”, acusa. E ele prossegue suspeitando que os empresários do setor querem faturar uma grana, aproveitando-se da situação. É uma piada dizer que gastam R$ 3,5 milhões de combustível. Com esse valor daria pra comprar metade da Petrobras”, brinca.

A ameaça feita pelo presidente do sindicato de suspender o serviço também irritou a usuária Jandira. Ela jura que as empresas não aumentaram o número de ônibus. “Continuo trabalhando e estou passando um hora e meia, até mais, no ponto de parada. E por conta dessa demora, os ônibus só andam cheios. Só sabe o que acontece quem realmente usa e precisa desse transporte”, reclama. Jandira se queixa ainda da falta de segurança nos terminais.

O internauta Evelyn tira onda com a ameaça feita pelo dirigente classista: “Que papelão hein presidente! Os ônibus foram reduzidos e como foram! Preciso deles todos os dias e só eu sei a dificuldade pra correr e ter que pegar na hora certa, pois se perder um, tenho que esperar quase duas horas pra sair do terminal”. O passageiro acusa as empresas de terem reduzido o número de ônibus: “Vocês querem se aproveitar da situação!”, conclui.

Matéria feita com base nos comentários dos internautas postados na matéria “Aracaju pode ficar sem ônibus”.