(CAMPANHA DE INFORMAÇÃO E ORIENTAÇÃO À POPULAÇÃO SOBRE A COVID-19)
Garantir assistência a pacientes envolve, além de uma equipe médica capacitada, unidades de atendimento adequadas para os profissionais de suporte salvaguardar vidas. Neste sentido, antes mesmo de surgir o primeiro caso de covid-19 na capital sergipana, a Prefeitura de Aracaju assegurou que as portas de urgência da rede municipal fossem munidas de pessoas qualificadas e leitos para melhor atender a população.
Entre os mecanismos de suporte estão os leitos de estabilização. Eles são o aporte intermediário para os casos mais graves, a ponte que é capaz de assegurar os cuidados para que o paciente possa ser transferido a uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com segurança.
“Na porta de urgência, o paciente pode chegar estável, mas, às vezes, o quadro de saúde pode rebaixar a ponto de precisar ser estabilizado. É um paciente que pode vir a piorar. No entanto, antes de ser transferido para uma UTI, necessita apresentar um quadro mais estável, justamente para que possa ficar o melhor possível para ser removido de uma unidade para outra”, explicou a coordenadora do sub-núcleo de Regulação de Leitos de Aracaju, Talita Siqueira Silva.
Baixa e média complexidade
Em Aracaju, a rede municipal é responsável pela assistência de baixa e média complexidade e fica a cargo do Estado os cuidados para com os casos mais críticos, afinal é ele quem possui os hospitais com os equipamentos adequados para UTI.
Desta forma, a rede municipal, atualmente, possui três unidades para os casos de baixa e média complexidade que possuem leitos de estabilização: as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Nestor Piva e Fernando Franco, cada uma com um leito de estabilização, e o Hospital de Campanha Cleovansóstenes Pereira Aguiar, com oito desses leitos.
“Os leitos de estabilização estão entre o quadro mais simples e o mais grave, e são de suma importância para garantir que o paciente chegue bem a uma UTI. Nesses leitos, o paciente conta com respirador, monitor cardíaco, por exemplo, que, no caso dos acometidos por covid-19 são equipamento indispensáveis. Portanto, todo o cuidado é tomado para mantê-lo estável para a transferência”, ressaltou Talita. Segundo a coordenadora, pela pactuação, é de competência do Estado a regulação dos leitos de UTI.
“O paciente precisa dar entrada pelas portas do Município para o Estado regular os leitos de UTI. Assim, quando o quadro do paciente tem uma queda, a ponto de necessitar do tratamento intensivo, ele é levado para o leito de estabilização, o médico faz um documento oficial para requerer a vaga do leito que é regulado pelo Estado. É no leito de estabilização que esse paciente vai ficar até a que Central de Regulação Estadual encontre a vaga de UTI mais adequada para o paciente. Em seguida, é o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] quem faz a remoção, por ter equipe completa e equipamentos”, esclareceu a coordenadora.