Duas reuniões, marcadas para hoje (22) e amanhã (23), vão decidir se o governo de Sergipe amplia a flexibilização do isolamento social. Caberá aos Comitês Gestores de Retomada Econômica (COGERE), e de Emergência (CGE) analisarem o nível de colaboração das pessoas e dos empresários, principalmente no reforço ao distanciamento social e nas medidas sanitárias, que impactam diretamente no número de infectados com a Covid-19 e na ocupação dos leitos. Com base nesta avaliação, o governador Belivaldo Chagas (PSD) autoriza ou não a implementação, nesta terça-feira (23), da Bandeira Laranja, segunda fase da flexibilização da quarentena.
Caso os dois comitês concluam que houve uma melhora no cenário de evolução da epidemia e demonstrem que o sistema de saúde está suportando o número de infectados pela Covid-19, o governador autorizará a Bandeira Laranja. Ela permitirá a reabertura dos demais escritórios de prestadores de serviços e serviços em geral (publicidade, agências de viagens e etc); Clínicas e consultórios de odontologia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia e terapia ocupacional, bem como serviços especializados de podologia; Comércio (alguns setores); Operadores turísticos; Atividades de treinamento de desporto profissional; Salões de beleza, barbearias e de higiene pessoal; Templos e atividades religiosas (30%).
Índice muito baixo
O baixo isolamento social registrado em Sergipe pode ser um complicador para a implementação da Bandeira Laranja. No último sábado (21), o índice chegou a apenas 36,6%. Foi o 3º menor índice do país. Belivaldo Chagas acompanha os números com muita preocupação. “Esses dados demostram que ainda é preciso que os cuidados continuem acontecendo, já que não estamos na fase de declínio do contágio. A população tem que fazer a sua parte, em relação ao isolamento social, ao uso das máscaras, a higiene das mãos, para que não tenhamos essa pressão nas unidades hospitalares”, alertou o governador.
Belivaldo tem alertado para a importância do cumprimento das metas estabelecidas pelos Comitês, quanto a cenários de evolução da epidemia e a capacidade do sistema de saúde, para que a flexibilização seja ampliada. “O plano foi apresentado no momento próprio e temos o desejo de colocá-lo em prática. Porém, o fato de ser apresentado não significa dizer que será colocado em prática na sua totalidade, a partir de terça-feira (23). O que está previsto é que na segunda e terça-feira teremos reuniões com os Comitês para avaliar o momento, os últimos dias. O plano é norteado por critérios técnicos, como a taxa de ocupação de leitos de UTI e número de casos, além de números de óbitos e outros indicadores”, concluiu.