Um novo #BrequeDosApps paralisa, neste sábado (25), as atividades de entregadores de aplicativos. O movimento dá continuidade ao ato de 1º de julho, que contou com a adesão de milhares de trabalhadores pelo país. Entregadores de cidades de pelo menos 13 estados se movimentaram ao longo das três semanas entre os dois atos para que o segundo breque tenha a mesma força e adesão.
As demandas do segundo ato nacional dos entregadores mantêm-se as mesmas do primeiro: o aumento da taxa por quilômetro percorrido, do valor mínimo por corrida, o fim de bloqueios sem justificativas, seguro de vida, para acidente e roubos, e o chamado auxílio-pandemia, com EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) garantidos aos profissionais e licença remunerada aos que contraírem Covid-19.
Uma das estratégias do movimento, será tentar bloquear mais uma vez as entradas e saídas dos motoboys nos shoppings nos horários de almoço e jantar.
As condições precárias de trabalho, intensificadas durante a pandemia do novo coronavírus, motivaram o início dos protestos em julho. Atualmente, os entregadores têm de arcar com equipamentos para se protegerem da covid-19 e lamentam as baixas nas taxas de entrega. Rodam as cidades por até 12 horas por dia, em 26 dias por mês, para faturar entre R$ 2.000 e R$ 2.500.
Ninguém quer “virar CLT”
Entre os organizadores do ato e entregadores de modo geral há um ponto em comum além das demandas: a afirmação constante de que o movimento não luta para trabalhar com carteira assinada.
Na avaliação dos manifestantes, “virar CLT” significaria ter de cumprir horários definidos para acabar recebendo menos do que já recebem. O motoboy Diógenes Silva de Souza, um dos organizadores do breque, diz que “nada que inclua CLT e direitos trabalhistas” está na pauta do movimento. O principal objetivo é o aumento nas taxas, que traria impacto direto e positivo. Isto não significa, no entanto, que não haja vínculo empregatício entre as empresas e os motofretistas.
Fonte: Portal R7