Os servidores do Tribunal de Justiça de Sergipe decidiram entrar em greve para protestar contra a decisão daquele Poder de retomar as atividades presenciais nesta segunda-feira (3). A greve sanitária visa proteger do coronavírus os funcionários e das pessoas que acessam os serviços do Judiciário sergipano. “Tivemos uma Assembleia importante em termos quantitativos e qualitativos”, afirma Jones Ribeiro, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado de Sergipe (Sindijus/SE).
Com característica diferente de uma greve tradicional, em que há uma paralisação dos serviços, na greve sanitária os servidores continuarão promovendo o andamento dos processos judiciais e a realização de funções administrativas, porém no regime de teletrabalho, como tem sido feito desde o início da pandemia, mesmo sem qualquer apoio do órgão.
“Desde meados de março, estamos trabalhando das nossas casas, sem apoio do Tribunal no que diz respeito a cessão de equipamentos ou auxílio para despesas que aumentaram por conta do home office, como internet e energia elétrica. Então, mesmo já não sendo o cenário ideal, optamos pela continuidade do teletrabalho porque estamos mais protegidos em nossas casas”, ressalta Sara do Ó, também coordenadora-geral do Sindijus.
Vale destacar que a deliberação pela greve sanitária tem sido uma reação do conjunto dos trabalhadores às tentativas de órgãos públicos e empresas privadas de colocar as suas vidas em risco. No início dessa semana, os servidores do Tribunal de Justiça de São Paulo também deflagraram Greve Sanitária, com motivação semelhante à dos trabalhadores do TJSE.