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Brasileiros criam soro capaz de neutralizar coronavírus

O soro é criado a partir dos anticorpos retirados do sangue de cavalos expostos ao coronavírus

Um soro desenvolvido no Brasil apresentou anticorpos neutralizantes até 50 vezes mais potentes contra o novo coronavírus do que os presentes no plasma sanguíneo de pessoas que tiveram Covid-19. O método consiste em criar um soro hiperimune, como os usados contra a raiva, a partir dos anticorpos retirados do sangue de cavalos expostos de forma controlada ao coronavírus inativo.

O resultado foi considerado “excelente” pelos cientistas que desenvolveram o produto e abre caminho para um tratamento mais eficiente contra a doença. Os pesquisadores aguardam uma autorização da Anvisa para começar a testar o soro em seres humanos, informa o jornal Estradão.

Os cientistas explicaram que a função do soro será impedir o agravamento da doença. Por isso, se aprovado, ele deverá ser recomendado a pacientes em estágio intermediário, quando se pretende segurar o avanço da covid-19. Como o soro atuará diretamente sobre a multiplicação do vírus, ele não teria impacto num paciente acometido de uma inflamação generalizada grave —  presente em quadros severos de covid-19.

Plasma de pessoas

 O plasma de pessoas que tiveram covid já está sendo usado no tratamento da doença, como uma forma de oferecer anticorpos extras para o paciente que ainda luta para combater ao vírus. O princípio do soro é semelhante. A diferença é que ele está sendo produzido em cavalos e, segundo os primeiros resultados, é muito mais potente. Esses anticorpos são posteriormente purificados e podem ser injetados nos pacientes.

Em maio, cinco cavalos do Instituto Vital Brazil (IVB) foram inoculados com uma proteína S recombinante do coronavírus produzida na Coppe/UFRJ. Depois de 70 dias os plasmas de quatro animais apresentaram anticorpos de 20 a 50 vezes mais potentes contra a covid-19. O quinto animal também apresentou anticorpos, mas em menor volume.

O trabalho será submetido à publicação nesta quinta-feira (13), em sessão científica na Academia Nacional de Medicina (ANM). Na mesma ocasião, Lima Silva, que é pesquisador da UFRJ e participa do projeto, anunciará o depósito de uma patente do soro.

Fonte: site 247 (Crédito: GaúchaZH)

 

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