O Banco Central barrou a nomeação de Ademário Alves de Jesus para o cargo de presidente do Banco do Estado de Sergipe (Banese), por ele ser filho do vereador José Alves de Jesus, do município de Carira. Segundo o jornal Valor Econômico, o BC alegou que a nomeação incide na vedação prevista no artigo 17 da Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, que dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias. O referido artigo trata justamente sobre as indicações dos membros de Conselho de Administração e os indicados para os cargos de diretor, presidente, diretor-geral e diretor-presidente.
Desde 9 de junho passado que o Banese está com um presidente interino. É Helom Oliveira da Silva. Ele substituiu Fernando Mota, que deixou o cargo alegando não pretender mais continuar na direção da instituição financeira por ter decidido encerrar suas atividades no serviço público. No momento em que nomeou Helom interinamente, o governador Belivaldo Chagas (PSD) anunciou que o substituto de Fernando Mota seria Ademário Alves. O chefe do Executivo, contudo, não contava com esta decisão do Banco Central.
Além do fato de Ademário Alves ter sido seu secretário da Fazenda, o governador levou em conta o currículo do convidado. O escolhido para presidir o Banese é executivo com atuação nas áreas administrativa, gerencial e financeira, com experiência de cerca de duas décadas no setor bancário e de finanças. Natural de Carira, Ademário começou como estagiário do Banco do Nordeste em 1999. Aprovado em concurso público, atuou em todas as áreas do BNB. Ele também é graduado em Comunicação Social pela Universidade Tiradentes e mestre em Gestão Empresarial, com ênfase em Desenvolvimento Econômico pela Faculdade Boa Viagem FBV/Recife. Possui MBA Executivo em Gestão pela FGV do Rio de Janeiro e diversos cursos superiores de especialização.
Por Destaquenoticias