O povo paga acordo político do governo

Os sergipanos já começaram a pagar a conta do acordo político feito pelo governador Belivaldo Chagas (PSD) com o partido Republicanos, comandado no estado pelos pastores Heleno Silva e Jony Marcos. E parece que a transação vai sair bem cara para os contribuintes. Satisfeito com o apoio político da legenda, principalmente à reeleição do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT),  o governo de Sergipe já aboletou em órgãos estaduais três integrantes do Republicanos, inclusive Heleno Silva, brindado com uma confortável cadeira no bem pago Conselho de Administração da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

Na edição do Diário Oficial de Sergipe desta sexta-feira (25), também foi publicada a nomeação de Jecson Leo de Souza Araújo (Republicanos) como diretor Administrativo e Financeiro da empresa Serviços Gráfico de Sergipe (Segrase). Sabem quem é o dito cujo? Irmão de pai, mãe e de Igreja do pastor e político Jony Marcos de Souza Araújo. Na mesma edição do Diário Oficial foi publicada a nomeação do novo presidente da Segrase, Francisco Dantas (Republicanos), como membro do Conselho de Administração da estatal. Quer dizer, só nesta empresa do governo foram acomodados dois seguidores dos líderes evangélicos com salários de fazer inveja a muita gente.

O começo do “pagamento” da fatura ocorre menos de um mês após o presidente de honra do Republicanos, pastor Heleno Silva, ter sido recebido em audiência no Palácio pelo governador Belivaldo Chagas (PSD), que pediu o apoio do partido para à reeleição de Edvaldo Nogueira (PDT). Dias depois desse encontro, o presidente estadual da legenda, pastor Jony Marcos, desistiu da candidatura a prefeito da capital e anunciou o apoio ao pedetista. “O caminho que vamos seguir é com Edvaldo, o melhor prefeito da história de Aracaju. Vamos agora para a campanha, com muita garra e disposição”, discursou Jony na convenção do partido, que apoiou a aliança com o PDT por unanimidade.

Cargos de volta

O Republicanos era governista até 2018, tendo rompido para apostar na candidatura de Heleno Silva ao Senado, que fracassou. Antes do rompimento, o pastor ocupava o cargo de chefe do Escritório de Sergipe em Brasília e a legenda detinha as presidências da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec) e do Instituto de Tecnologia e Pesquisas de Sergipe (ITPS). Resta saber quantos cargos o Republicanos terá agora em seu retorno ao farto ninho governista.

Por Destaquenoticias (Foto: Portal Nenoticias)