Você sabia que de janeiro até agosto último, 602 pessoas em Aracaju foram picadas por esse venenoso invertebrado? Segundo o Centro de Controle de Zoonoses da capital, levando em conta os oito primeiros meses desse ano, calcula-se que, em média, cerca de duas pessoas foram picadas por escorpião a cada 24 horas. O dado é praticamente igual ao do mesmo período do ano passado.
Marina Sena, gerente do Centro de Zoonose, explica que os escorpiões costumam aparecer quando as temperaturas estão mais elevadas. “Esses animais vivem em esconderijos, portanto, procuram locais que possuam o ambiente propício para sua proliferação como terrenos baldios com vegetação alta, lugares com acúmulo de lixo, paredes sem reboco, esgoto aberto e ralo sem tela”, revela.
Como a barata é o principal alimento do escorpião, onde elas estiverem eles geralmente também estão. “Se a gente elimina a barata, pode reduzir o aparecimento do escorpião”, explica Marina Sena. E ela está certa. O Ministério da Saúde orienta a dedetização para baratas e não especificamente para o escorpião, isso porque esses animais são muito resistentes ao inseticida. Além disso, a presença do veneno provoca o desalojamento desse invertebrado, que acaba procurando outros locais para se abrigar, a exemplo de guarda-roupas, gavetas e dentro de sapatos. Isso aumenta a possibilidade de acontecer acidentes pela picada do bicho.
Veneno perigoso
O veneno do escorpião é perigoso principalmente para idosos e crianças. Marina alerta que, independente da idade, a pessoa picada por um escorpião deve procurar a unidade de saúde mais próxima para atendimento médico. Somente um profissional de saúde pode analisar se há necessidade de aplicar o soro antiescorpiônico ou outro tipo de procedimento necessário.
Em Aracaju existem duas espécies do artrópode. Ambas são o escorpião amarelo, o Tityus Serrulatus e o Tityus Stigmurus. Nos 30 anos não há registro de vítima fatal por picada de escorpião.
Fonte: Centro de Zoonose de Aracaju