Quem observou a Lua ultimamente percebeu que Marte anda aparecendo pertinho dela, mais brilhante que de costume. Na verdade, muito mais brilhante e maior, já que o Planeta Vermelho está em sua máxima aproximação com a Terra, algo que acontece uma vez a cada dois anos. E para deixar tudo ainda mais emocionante, a aproximação desta terça-feira (6) será especial, pois Marte estará o mais perto possível que já esteve nos últimos 15 anos — depois disso, tamanha aproximação só acontecerá em 2035.
Isso acontece por causa da órbita altamente elíptica de Marte. As estações por lá são determinadas pela distância em que o planeta se distancia ou se aproxima do Sol, não por causa da inclinação axial, como é o caso das estações do ano que temos aqui na Terra. Ou seja: o inverno marciano ocorre quando ele está mais longe do Sol, e o verão chega quando está mais perto.
Alinhados com o Sol
Marte e Terra se aproximam a cada dois anos por ficarem alinhados com o Sol. Mas, a cada 15 anos, esse alinhamento coincide com o verão marciano, que é quando Marte está bem mais perto do Sol e, portanto, mais perto também da órbita terrestre. Quando isso acontece, podemos ver o Planeta Vermelho no céu com mais facilidade, e entendemos por que ele ganhou esse apelido — o brilho vermelho do planeta vizinho se torna maior e mais intenso aos nossos olhos.
Então, nesta terça-feira (6), Marte e Terra estarão mais uma vez alinhados com o Sol, coincidindo com o verão marciano. Com isso, esta será a maior aproximação entre os dois planetas até 2035. O mais legal é que o Planeta Vermelho está posicionado em uma região do céu que não tem estrelas brilhantes, o que o tornará ainda mais fácil de encontrar.
Astrônomos amadores com telescópios razoáveis conseguirão ver ainda melhor algumas das características da superfície do Planeta Vermelho. E, ainda que você não tenha esse tipo de equipamento, poderá procurar o ponto brilhante de Marte no céu em noites livres de nuvens, certamente se encantando com nosso vizinho mais próximo.
Fonte e foto: Portal Canaltech (Foto: AFP)