As Polícias Civis de Sergipe e da Bahia prenderam cinco suspeitos de terem aplicado golpes milionários nos dois estados. Segundo a delegada Suirá Paim, o grupo praticou fraudes bancárias e falsificação de documentos públicos, sempre utilizando empresas para adquirir crédito e fazer movimentação bancária. “ Os cinco acusados fraudavam declarações de Imposto de Renda para abrir contas nos bancos. A partir de então, eles passavam a utilizar os limites adquiridos com cartão de crédito e financiamento de veículos, deixando as dívidas em nome das vítimas”, detalhou.
Duas prisões ocorreram na Bahia e outras três em Sergipe. Ainda conforme a delegada, após a fraude, os acusados agiam novamente para obtenção de novos lucros ilícitos. “O grupo fazia o acionamento dos bancos pela fraude sofrida. Então, eles ganhavam novamente com as indenizações. A princípio, as vítimas tinham conhecimento de que essas pessoas estavam abrindo contas bancárias em nome delas mas, a partir de certo momento, a conta passava ser administrada pelo líder do grupo criminosa”, explicou Suirá Paim.
A delegada Viviane Pessoa revelou que, graças ao apoio da Divisão de Inteligência, (Dipol), foi possível delinear as ações de cada suspeito e identificar suas respectivas localizações. O responsável por gerir a associação criminosa possuía em sua residência centenas de cartões de crédito, diversos celulares e dezenas de maquinetas de empresas que eram utilizadas para a lavagem do dinheiro. Uma das empresas, aberta em fevereiro deste ano em nome de um dos suspeitos, já havia movimentado mais de R$1 milhão durante toda a pandemia da Covid-19.
Na operação policial foram apreendidos dois veículos de luxo, diversas maquinetas de cartão, centenas de cartões de crédito e talões de cheques, além de pastas com nomes de vítimas e dos envolvidos. A ação resultou na apreensão de documentos supostamente falsos, declarações de Imposto de Renda falsificadas, computadores e celulares. As equipes policiais de Sergipe e da Bahia também recolheram carimbos das empresas fraudulentas utilizadas pelos criminosos para obtenção de crédito bancário. Os cinco presos estão sendo processados por estelionato, lavagem de capitais, associação criminosa e falsificação.
Fonte e foto: SSP/SE