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Coliving vem transformando o aluguel de apartamentos

O coliving facilita o compartilhamento de um recurso muito limitado: o espaço

À medida que a população urbana dispara e o aluguel aumenta, o estoque habitacional mais denso é uma solução eficaz para a crise imobiliária. Assim, seguindo a ascensão dos espaços de coworking, um novo conceito está surgindo no mercado imobiliário, agora no setor residencial. Trata-se do “coliving”, um conceito que rapidamente tem ganhado força no mundo todo, além de despertar o interesse de jovens e pessoas que buscam por um novo lugar para morar nas principais cidades.

Se você está se perguntando “o que é coliving?”, a resposta é simples: é uma nova forma de morar, de modo compartilhado. A ideia geral por trás disso é contornar o alto custo de vida em áreas urbanas densas, de modo a compartilhar espaços antes íntimos de uma casa ou apartamento, como lavanderia, cozinha, sala de estar, dentre outros. Tudo isso, ajuda a baratear custos e, principalmente, garante possibilidades de sustentabilidade do planeta.

Confira alguns dos elementos principais que giram em torno desse tema e entenda porquê esta tendência do coliving promete transformar completamente o setor imobiliário, impactando a vida de quem busca por um apartamento para alugar e gostaria de reduzir custos sem perder um bom padrão de vida. Acompanhe!

Compartilhamento de moradia oportuniza a acessibilidade

Em um ambiente urbano, o coliving facilita o compartilhamento de um recurso muito limitado: o espaço. Ele se tornou inacessível para muita gente (especialmente que não tem um grande poder aquisitivo) e, para que mais pessoas tenham acesso, o fato de serem compartilhados resolve muitas dificuldades de moradia.

Por meio do compartilhamento, o coliving é capaz de aumentar a quantidade de recursos espaciais disponíveis acessíveis a cada indivíduo, transformando apartamentos tradicionalmente díspares em espaços bem planejados com amenidades valiosas.

Um coliving é um dos melhores e mais diretos meios para atingir densidade ideal e habitação a preços acessíveis no contexto urbano moderno. Ao construir suítes com mais de 3 quartos (ou mesmo 12, ou 20!), um coliving permite que mais pessoas acessem a mesma quantidade de espaço em áreas comuns, facilitando a vida nas grandes cidades.

E esse compartilhamento ainda ajuda a reduzir o desperdício e a criar convívio entre pessoas que provavelmente não teriam interagido de outra forma. Os indivíduos que participam de uma casa compartilhada abrem mão da privacidade em algumas partes de sua rotina (como preparar o jantar ou descansar). Mas, em troca, eles economizam tempo de buscar por um imóvel ou de se deslocar para o trabalho ou estudo.

Além do mais, morar em um coliving ajuda decisivamente a economizar também dinheiro, pois seu morador ganha acesso a um conjunto diversificado de atividades que enriquecem ainda mais suas vidas por meio de atividades programadas, como possibilidade de praticar exercícios, ter encontros com diferentes pessoas, a possibilidade de frequentar espaços próprios para jogos e/ou entretenimento. Isso ajudaria a reduzir custos com academia em outros espaços, ou a frequentar salas de cinema mais caras para um momento de lazer, por exemplo.

Geração millenial será impactada por este novo conceito

A tendência de co-viver continua a aumentar à medida que os preços dos aluguéis continuam a crescer. E esse estilo de vida será especialmente comum entre os millennials, onde um em cada três gasta mais de 30% de sua renda mensal com aluguel.

A atual demanda urgente por uma vida compartilhada e acessível já se manifesta na vida de companheiros de quarto. Quase 8 milhões de brasileiros vivem com um colega de quarto que não é membro da família.

Portanto, compartilhar o custo de moradia é uma forma muito prática de ajudar a tornar o aluguel mais acessível pra muita gente – especialmente jovens que não se importam em dividir espaços reservados em uma casa ou apartamento e buscam o coliving como uma alternativa momentânea da vida, especialmente no período de estudos em uma cidade grande, por exemplo.

Ao valorizar diretamente o design, o conforto e a conveniência das casas, bem como as experiências que elas facilitam, o coliving está resolvendo muitas das frustrações da atual crise habitacional urbana. 

Outras configurações que ajudam no coliving

Embora o coliving seja popular entre os jovens millennials, especialistas em imóveis dizem que a tendência também atraiu locatários que vivenciaram acontecimentos na vida que desempenharam mudanças significativas, como um desemprego, um divórcio ou uma perda de um membro da família, sendo uma alternativa para baratear custos e até mesmo solucionar a solidão.

Depois, há também o aspecto de comunidade, que atrai pessoas mais velhas, que sentem solidão depois que seus filhos crescem e saem de casa, por exemplo. De maneira geral, as pessoas são atraídas pelo “luxo” de poder se mudar para um espaço totalmente bem equipado e mobiliado, economizando nos custos de compra de eletrodomésticos e não tendo que se preocupar com a manutenção da casa, que é feita mediante uma taxa mensal, semelhante à uma taxa de condomínio.

Existe também motivos para a busca de colivings como fruto da crise de acessibilidade, em que os locatários estão recebendo os preços das grandes cidades e acabam optando por esse tipo de moradia para poder viver numa região mais central – algo que dificilmente aconteceria se tivessem de arcar com os custos gerais de uma moradia sozinhos.

Existem desvantagens em co-viver com alguém?

Embora um proprietário possa conseguir mais dinheiro das pessoas ao colocar espaços disponíveis para que vivam em sua casa, ainda há uma alta taxa de rotatividade e, sem um aluguel padrão, eles assumem mais despesas, como dinheiro gasto na realização de eventos ou compra de equipamentos para aperfeiçoar a estadia de seus “clientes”.

Para empreiteiras e desenvolvedores, a desvantagem estaria no fato de que precisam construir o espaço do zero, projetando com inteligência os espaços comuns, o que pode ser um desafio caro quando se trata de convencer os investidores de que vale a pena apostarem nessa tendência aqui no Brasil.

Contudo, a experiência mundial tem demonstrado que o coliving é uma nova maneira de viver que veio pra ficar!

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Imagem: Pixabay

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