Três grupos empresariais de Sergipe, Alagoas e Bahia estudam a viabilidade de construir em Estância um hotel com cerca de 100 apartamentos. “O presidente da Construtora Celi, Luciano Barreto, visitou recentemente o município para conhecer algumas áreas que podem ser disponibilizadas pela Prefeitura para um empreendimento deste tipo”, explica o secretário de Turismo, Sérgio Araújo. Ele informa que antes de tomar qualquer decisão, o empresário sergipano vai aguardar um estudo de viabilidade solicitado a uma empresa hoteleira de bandeira internacional que poderá se associar ao projeto.
O secretário conta que a ideia de atrair empresas interessados em construir um ou mais hotéis em Estância objetiva suprir uma necessidade do município, que deverá inaugurar cerca de 18 novas indústrias nos próximos meses. “Com elas, estão chegando empresários, gerentes, e técnicos de alto nível das mais diversas áreas. Estes profissionais vão preferir se instalar em Estância, a ter que se deslocar diariamente para dormir em Aracaju”, afirma Sérgio. Por falta de acomodações, hoje cerca de 100 pessoas que trabalham no município vão e vem todos os dias para a capital sergipana. Para se ter uma ideia, a Saint-Gobain, que está instalando a indústria Vidreira do Nordeste, já atraiu para o município outras quatro empresas.
De acordo com Sérgio Araújo, embora o município possua cerca de 1,5 mil leitos, distribuídos por hotéis e pousadas localizados principalmente nas praias de Abais e do Saco, há necessidade de um hotel na própria cidade para receber quem vai trabalhar nas indústrias. “Os empresários interessados no projeto trabalham com a hipótese de construir um empreendimento econômico e de qualidade, que chega a ter uma margem de lucro de 50%”, frisa o secretário. Sérgio prevê um investimento da ordem de R$ 15 milhões, devendo o hotel ficar pronto em, no máximo, dois anos.
Aracaju concentra quase toda rede hoteleira de Sergipe, o que significa pouco mais de 5 mil leitos. A meta é aumentar em curto prazo esse número de leitos em 20%. O Banco do Nordeste, nos últimos cinco anos vem financiando a construção de 11 hotéis. Grande parte dos leitos disponíveis no Estado é ocupada por turista. Este setor cresce 11% ao ano e hoje responde por 7% do PIB sergipano, índice bastante superior à média brasileira, que fica na casa dos 2%. Portanto, é um fato novo a hipótese de construção de um hotel para atender empresários e trabalhadores das indústrias instaladas e em instalação em Estância.
Por Adiberto de Souza (Crédito/Prefeitura de Estância)