Depois da saga do arroz com preços nas alturas em 2020, a previsão é que 2021 seja problemático para o feijão no país. Prognóstico divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a safra no próximo ano pode ser menor que a demanda. “O Brasil consome cerca de 3 milhões de toneladas de feijão e o prognóstico estima a produção em 2,8 milhões de toneladas, o que quer dizer que o país poderá precisar importar um pouco de feijão, a menos que essa produção aumente em 2021”, diz o analista de agropecuária do IBGE, Carlos Barradas.
O profissional do IBGE ressalta, porém, que o levantamento da safra é mensal, e os valores vão se alterando, de acordo com o comportamento do clima e a conjuntura do mercado. Segundo Barradas, com exceção do feijão, a previsão para o setor de grãos, cereais e leguminosas é boa. O IBGE estima que colheita recorde deve chegar a 256,8 milhões de toneladas, crescimento de 1,9% em relação a 2020.