O governo de Sergipe acendeu uma luz amarela sobre a possibilidade de a Petrobras não investir, como prometeu, US$ 2 bilhões na costa sergipana até 2025. Tanto isso é verdade que o governador Belivaldo Chagas (PSD) acaba de pedir a petrolífera um detalhamento do Plano de Investimentos 2021/2025, anunciado novembro último, como parte do portfólio de Exploração e Produção (E&P) da companhia.
O governo ficou com uma pulga atrás da orelha depois que a estatal advertiu que as previsões contidas em seu Plano Estratégico sobre “eventos futuros refletem apenas expectativas dos administradores sobre condições futuras da economia, além do setor de atuação, do desempenho e dos resultados financeiros da Companhia, dentre outros”.
Desconfiado que as promessas não se concretizem, o governo sergipano está pedindo à Petrobras informações sobre a data prevista para a instalação da primeira Unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) e início da produção de óleo e gás.
Papel do porto
O Executivo também pretende saber sobre o papel a ser desempenhado pelo Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB) na campanha de implantação da infraestrutura de escoamento e na fase de produção e pede detalhes dos investimentos que serão feitos, com a dotação aprovada e o seu cronograma; qual o montante de recursos; além da dotação necessária para o início da produção.
Foram solicitadas, ainda, informações acerca do compartilhamento da infraestrutura de escoamento do gás e da UPGN; volumes e características do petróleo e gás a serem produzidos, bem como os líquidos a serem obtidos no processamento do gás rico; quantidade de FPSO`s a serem instalados no projeto, e a expectativa de geração de royalties quando o projeto estiver produzindo em sua plenitude.
Elegante, o governo diz no documento que está consciente da nova política de investimentos da petrolífera e entende que a inclusão do projeto SEAP, no portfólio dos próximos cinco anos, atesta a capacidade de gerar retornos para a companhia e para Sergipe. Resta saber se a direção da Petrobras também pensa assim.
Por Destaquenotícias