O Brasil terá que afastar Jair Bolsonaro (sem partido) para defender sua ordem constitucional. A opinião é do ex-ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal. “O governante central é assim, tem o pé atrás com essa Constituição, consciente ou inconscientemente. Quanto ao impeachment, essa mais severa sanção tem explicação. Somente se aplica àquele presidente que adota como estilo um ódio governamental de ser, uma incompatibilidade com a Constituição. É um mandato de costas para a Constituição, se torna uma ameaça a ela. E aí o país se vê numa encruzilhada. A nação diz, ‘olha, ou a Constituição ou o presidente’. E a opção só pode ser pela Constituição”, disse ele, em entrevista a Anna Virginia Ballousier, publicada na Folha de S. Paulo.
Ayres Britto diz que o conjunto da obra sinaliza o cometimento de crime de responsabilidade. “Pelo artigo 78, o presidente assume o compromisso de observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro. Ou seja, não é representante dos que votaram nele, dos ideólogos que pensam igual a ele. É de todo o povo. Menos incontinência verbal e mais continência à Constituição. A sociedade civil vai entendendo que regime democrático é para impedir que um governante subjetivamente autoritário possa emplacar um governo objetivamente autoritário. Se o presidente não adota políticas de promoção da saúde, segmentos expressivos da sociedade —a imprensa à frente— passam a adverti-lo de que saúde é direito constitucional. Prioridades na Constituição não estão sendo observadas: demarcação de terra indígena, meio ambiente”, afirma.
Fontes: Portal 247
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É notável um discurso esquerdista sem fundamentação em uma imputação de autoritarismo a um governo eleito democraticamente pelo povo. O povo já não é o mesmo de antigamente, a era digital levou o conhecimento de forma rápida, ao passo em que a mídia manipuladora já não tem tanto poder. As palavras do então Carlos Brito, são apenas hipocrisia de alguém abstêmico que perde o poder.