A greve dos caminhoneiros, iniciada nesta segunda-feira (1º), está ocorrendo dentro do esperado e a categoria segue “com o diálogo aberto” com o governo federal. Esta informação é de Plínio Dias, presidente do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). Até então, há relatos de bloqueios esparsos nas rodovias federais, mas nada que afete o fluxo de veículos. Entre as principais reclamações da categoria, destacam-se os preços altos dos combustíveis e os baixos preços do frete.
A orientação das entidades aos caminhoneiros era que a greve deveria ser feita em casa, por causa da pandemia do coronavírus. Para os motoristas que estão em trânsito, foi recomendado parar o caminhão em postos de gasolina e seguir as normas de saúde, como distanciamento social e uso de máscara e álcool gel. “A adesão é em efeito cascata, cada dia vai aumentando um pouco, e assim vai sendo sucessivamente durante os dias”, contou Plinio Dias.
O presidente da entidade também relatou denúncias de ameaças e abuso de poder por parte da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal contra grevistas no Paraná. “Estamos com um problema com abuso de poder por parte das autoridades que deveriam fazer segurança e não estão fazendo [de forma] correta, não estão deixando colocar os cones na pista, ficam ameaçando a gente, então está complicado sobre a nossa situação no Paraná”, contou.
Sobre a postura do presidente Jair Bolsonaro em relação às demandas da categoria, Plinio Dias diz que as entidades estão “com o diálogo aberto”. O mandatário chegou a fazer um apelo contra a paralisação, dizendo que não há condições de atender aos pedidos. “A gente tá aguardando eles darem um desfecho, como é tempo indeterminado, a categoria está esperando uma resposta deles e dos outros envolvidos na pauta. Estamos avaliando aqui o que eles possam fazer pela categoria”, completou o presidente da CNTRC.
Texto: Revista Forum (Foto: CNTRC)