A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (8), novo aumento nos preços médios de venda aos distribuidores de diesel, gasolina e GLP. A elevação passa a vigorar a partir desta terça-feira (9). Esta é a a terceira alta do ano nos preços da gasolina, e a segunda no valor do diesel.
O preço médio de venda de gasolina nas refinarias da empresa passará a R$ 2,25 por litro, um aumento médio de 0,17 centavos. Desde o início do ano, a Petrobras já elevou em 22% o preço da gasolina. O preço médio de venda do diesel passará a R$ 2,24 por litro, um aumento médio de 0,13 por litro.
O preço da gasolina na bomba deve sofrer um reajuste de até 12% nos próximos 15 dias, influenciado pelo desempenho do custo do barril do petróleo nos mercados interno e externos. A sombria previsão é da Ativa Investimentos, que também estima que o aumento pode ser aplicado de forma fracionada, ou seja, parcelado em duas vezes.
Preços em Aracaju
Uma pesquisa comparativa de preços dos combustíveis realizada no início de janeiro perlo Procon Aracaju, em 43 estabelecimentos comerciais, identificou que o menor valor registrado para a gasolina foi de R$ 4,560, sendo que em outubro do ano passado esse valor era de R$ 4,430.
O preço do etanol passou de R$ 3,430 para R$ 3,470. O diesel S-10, com menor preço de R$ 3,789, na pesquisa anterior encontrava-se por R$ 3,380. E o GNV está com preço mínimo de R$ 3,100; em outubro era comercializado por R$ 2,770.
Desde que a Petrobras retomou a política de seguir os preços internacionais, em 2016, aumentou a previsibilidade de seus reajustes. A consultoria também estima que o reajuste na refinaria terá impacto no Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) de março. Na última sexta-feira (5), o barril do petróleo girava em torno de US$ 60 (R$ 323,02). A metodologia aplicada pela consultoria Ativa para o cálculo do reajuste vem permitindo uma margem constante de acertos desde setembro do ano passado.
Outros fatores
Rodrigo Zingales, diretor executivo da Associação Brasileira de Revendedores de Combustíveis Independentes e Livres, afirma que além da decisão da Petrobrás, outros fatores afetam o custo da gasolina:
ICMS Pauta (veja explicação abaixo);
• Preço do etanol;
• Preço do biodiesel; e
• Custo nas distribuidoras.
Ele frisa que distribuidoras como a Shell, Ipiranga e BR que têm exclusividade na comercialização para seus postos podem elevar o preço da gasolina em 20% e os postos serão obrigados a comprar delas. Para Adriano Pires, economista e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, a política de reajuste da Petrobras está correta. “A companhia persegue a tendência do mercado internacional. Se lá aumentar, ela precisa reajustar aqui e certamente haverá reflexo na bomba”, comenta Pires.
Com informações do Portal R7