Foi-se o tempo em que Aracaju surfava entre as primeiras cidades brasileiras de qualidade de vida. Segundo o Índice de Desafios da Gestão Municipal (IDGM 2021) desenvolvido pela consultoria Macroplan, Aracaju aparece agora na distante 80ª posição. Entre as capitais brasileiras, a cidade é apenas a 20ª, e fica na 14ª colocação no ranking as 20 melhores para viver se no Nordeste.
Segundo o IDGM da Macroplan, Aracaju perdeu 14 posições na década e caiu uma posição na comparação com o último ano. Entre as quatro áreas analisadas, a capital sergipana teve sua posição melhor avaliada em Saneamento e Sustentabilidade: 59ª posição. A classificação nas outras áreas foi: 65ª em Saúde, 77ª em Segurança e 93ª em Educação. Na última década, a cidade melhorou sua posição no ranking em apenas uma área, e perdeu posições em três outras: Educação (-7 posições); Saúde (-19 posições); Segurança (-18 posições); e Saneamento e Sustentabilidade (+2 posições).
A avaliação do IDGM
O Índice de Desafios da Gestão Municipal da Macroplan avaliou e elegeu as cidades com melhor qualidade de vida do Brasil com base na evolução de 15 indicadores de educação, saúde, segurança e saneamento básico. Juntas, as 100 localidades pesquisadas concentram quase 83 milhões de habitantes, equivalentes a 40% da população brasileira, 53,3% dos empregos formais e representam metade do PIB brasileiro.
As cinco primeiras colocadas no ranking foram Maringá (PR) — campeã por três edições, em 2017, 2018 e 2021 —, seguida por Jundiaí, São José dos Campos e Piracicaba, todas em São Paulo. Entre as capitais, se destacam Curitiba (PR), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), São Paulo e Florianópolis (SC). Apesar da pandemia, as cidades selecionadas têm em comum a criação de políticas públicas de sustentabilidade, a média de salário considerada alta (acima de R$ 3 mil), a manutenção e geração de emprego, além de manterem os índices de saúde melhores do que no restante do país.