A Superintendência do Incra em Sergipe está sem comando efetivo há mais de um mês. Desde que o técnico Victor Alexandre Sande Santos foi exonerado para o governo Bolsonaro usar o cargo como moeda de troca política, o Instituto está sem rumo. Informações oriundas de Brasília dão conta que o novo superintendente regional será indicado pelo deputado Bosco Costa (PL), como pagamento por ele ter votado no parlamentar alagoano Arthur Lira (PP) para a presidência da Câmara Federal.
Responsável pela indicação de Victor Alexandre e mesmo não tendo apoiado a eleição de Artur Lira, o também deputado federal Fábio Reis (MDB) ainda acredita que poderá indicar o novo superintendente regional. No último dia 28, durante a visita do presidente Jair Bolsonaro à Propriá (SE) para inaugurar a ponte sobre o Rio São Francisco, assessores do governo federal disseram a políticos locais que houve uma precipitação na exoneração do apadrinhado de Reis e que a indicação do novo chefe do Instituto seria feita pelo deputado lagartense. Só que, passados mais de 30 dias da exoneração de Victor, a Superintendência segue sem comando efetivo.
Victor Alexandre Sande Santos foi nomeado superintendente regional do Incra em julho de 2020, em substituição a Udo Gabriel Vasconcelos Silva, promovido à Diretoria de Gestão Estratégica do Incra, em Brasília. Desde que o protegido do deputado Fábio Reis recebeu cartão vermelho, que a Instituto no estado está sendo dirigido interinamente por Roberto Lucas Freire, funcionário efetivo do quadro de pessoal do Instituto. E enquanto o Palácio do Planalto usa um órgão público para fazer barganha com deputados, a política agrária em Sergipe vai pras cucuias!
Por Destaquenotícias