Há histórias tão marcantes que acabam saindo das páginas dos livros direto para as telas do cinema. Esse será o caso do filme que vai contar a história de dona Bebé do Oratório. Uma das obras que ajudaram a criar o roteiro foi o livro ‘Dona Bebé do Oratório: uma mulher de Deus e mãe dos pobres’, do padre Isaías, publicado em 2019, pela Editora Diário Oficial de Sergipe – Edise. A película será lançada ainda esse ano, primeiro em Sergipe, depois viajará por todo o Brasil.
Na publicação, padre Isaias Nascimento conta a história de uma mulher que se dedicou às pessoas mais pobres, sob a ótica do amor e compaixão, sentimentos muito presentes em Genésia Fontes, conhecida como dona Bebé do Oratório. “Ela era uma mulher cristã e aprendeu com Jesus a ter cuidado com os pobres, e assim fundou o oratório inspirado em São João Bosco Salesiano, um espaço de inclusão social, educativo”. O Oratório Festivo São João Bosco desenvolve atividades sociais, culturais, esportivas e artísticas voltadas ao público mais jovem, e possui capacidade para atender 65 crianças. Um dos grandes desejos de Dona Bebé era ter sido uma irmã salesiana, mas não chegou a realizar esse desejo.
Na obra cinematográfica não será diferente, segundo a produtora Geny Carvalho, as características de Bebé estarão presentes, a principal mensagem será sua solidariedade e seu amor ao próximo. O longa-metragem começou a ser rodado no dia 14 de fevereiro e tem previsão de conclusão no dia 30 de abril. As filmagens iniciaram na cidade de Riachão do Dantas, distante 97 quilômetros da capital sergipana, mas ocorrerão também por alguns povoados da cidade como Palmares, Barro Preto, entre outros. “Também estaremos filmando em Aracaju, Laranjeiras e Tobias Barreto”, conta ela.
Disseminar histórias
Para o presidente da Empresa de Serviços Gráficos de Sergipe – Segrase, Francisco de Assis Dantas, é uma honra ver um título publicado pela Editora do Governo contribuindo para a criação do roteiro de um longa-metragem. “Nosso papel é disseminar as histórias de Sergipe e se elas chegam a ser transformadas em filme, entendemos que estamos no caminho certo. Ganhamos todos nós, que iremos conhecer a história de Dona Bebé, figura importante para a história de nosso estado”.
Segundo Geny Carvalho, o longa-metragem contará a história de vida de Bebé, desde o seu nascimento, passando pela adolescência, juventude, sua morte e a continuidade de seu trabalho pelas irmãs. “A ideia do filme surgiu a uns dois anos, durante o período de gravação da película ‘Almir do Picolé’, pois usamos o Oratório de Bebé como set de gravações para o orfanato onde Almir viveu”.
Mais de 100 pessoas estão envolvidas no projeto, entre diretores, produtores, técnicos, assistentes, atores, figurantes, figurinistas, maquiadores, equipe de apoio, entre outros profissionais. “O filme conta com a produção de quatro pessoas e a direção de David Kleiton, um jovem de apenas 20 anos; do técnico de áudio Diego Rafael e da assistente de direção, Laís Inglidy, entre outros”, diz Geny. Ela chama a atenção para os patrocinadores: Banco do Nordeste, Tatu Panos; Suelon Mecânica de Jeep; Tv Aperipê; Prefeitura de Riachão Dantas; Prefeitura de Laranjeiras; lojas móveis Fonseca (Tobias Barreto); portal Sergipano; Start Play.
Dona Bebé do Oratório
Nasceu em 22 de setembro de 1890, na cidade de Riachão do Dantas (SE). De família simples, ainda na juventude demonstrou interesse, dedicando-se aos cuidados e educação de crianças e adolescentes pobres e órfãos. Desde cedo ‘ouviu’ o chamado do nosso mestre Jesus para ser missionária no meio dos pobres sob espiritualidade de Dom Bosco. Moça frágil na saúde, deficiente auditiva, superando seus limites, cresceu na fé a ponto de indignar-se diante de tanta miséria nas periferias da capital sergipana. De louca passou a ser reconhecida como a Mãezinha dos Pobres.
Fonte e foto: Ascom/Segrase