Por discordarem do acordo salarial firmado entre o Sindicato da categoria e as empresas de ônibus da Grande Aracaju os rodoviários paralisaram o sistema de transporte coletivo no início da noite, deixando o povo sem transporte. Eles alegam não terem sido ouvidos pelo sindicato sobre o entendimento feito com os patrões. Pelo acordo, as empresas voltam a pagar R$ 250 de ticket alimentação em março, devendo este valor passar para R$ 520 em setembro desde ano e aumentando para R$ 600 em março de 2023.
Temendo depredações, as concessionárias orientaram que os coletivos sejam recolhidos às garagens, causando um caos no centro da capital. Os passageiros tiveram que descer dos ônibus nos terminais, ficando sem alternativa para retornarem às suas casas ou continuarem viagem até o trabalho.
Os rodoviários ligados à uma associação da categoria alegam que o acordo firmado entre o sindicato e as empresas não atende aos anseios dos trabalhadores. O presidente do sindicato, Miguel Belarmino, disse ter sido surpreendido com o movimento. Os passageiros estão pegando carros de aplicativos ou simplesmente se deslocando a pé.
Setransp protesta
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp) protestou contra a paralisação, afirmando em nota que mesmo com o acordo firmado no Ministério Público do Trabalho os rodoviários estão parando os ônibus, furando pneus e impedindo a circulação do transporte público no centro de Aracaju.
Na sexta-feira da semana passada, os rodoviários também paralisaram os ônibus no centro de Aracaju. O protesto foi violento, tendo vários ônibus sido depredados. Assim como hoje, os passageiros ficaram a pé e o trânsito bastante complicado. O Sindicato da categoria culpou a associação pela confusão que, por sua vez, alegou não ter orientado a paralisação nem a depredação dos coletivos.