Muito por culpa dos senadores, deputados federais e do governo Bolsonaro, que demoraram além da conta para que o Congresso aprovasse a PEC Emergencial, o auxílio financeiro aos milhões de famílias pobres só deverá começar a ser pago no próximo mês. Antes de se preocuparem com a fome dos brasileiros, o Palácio do Planalto e os congressistas gastaram vários dias discutindo uma política de austeridade contra os servidores públicos, como congelamento de salários. Só depois se voltaram para socorrer os miseráveis.
Com o novo teto de R$ 44 bilhões definido pela PEC Emergencial mais de 17 milhões de brasileiros ficarão sem receber o auxílio emergencial – justamente os mais vulneráveis. Os números foram calculados pelos organizadores do movimento Renda Básica que Queremos, responsável pela campanha #auxilioateofimdapandemia. O novo teto é 20 bilhões menor do que foi gasto com a redução do benefício em setembro de 2020.
Pela proposta aprovada no Congresso, um em cada quatro (26,82%) brasileiros que receberam o auxílio em 2020 não poderá contar com o benefício este ano. Além disso, o novo valor não é suficiente para comprar sequer 25% da cesta básica. O valor médio do novo auxílio emergencial deve ser de R$ 250 por pessoa. o valor para mulher chefe de família monoparental deve ser de R$ 375 e, no caso de homem, de R$ 175. “Se for casal, já são R$ 250.