Sergipe está entre os estados onde os coordenadores do Censo 2021 ameaçaram deixar os cargos caso não ocorra o adiamento da pesquisa. Eles pediram ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que a consulta de campo seja realizada apenas em 2022. Estão dispostos a abandonarem suas funções caso não sejam atendidos, os coordenadores de Sergipe, Maranhão, Paraná, São Paulo, Roraima, Paraíba, Espírito Santo, Goiás e Bahia.
Os coordenadores informaram à direção do IBGE que não podem assumir a responsabilidade sobre o risco das próprias vidas, dos recenseadores e dos informantes. Com textos semelhantes, mas com pequenas adaptações, alertam para o agravamento da pandemia e as possíveis consequências de realizar o Censo neste momento. Até o momento, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ainda não se manifestou sobre a posição dos coordenadores contrários à realização do censo este ano.
Nos comunicados enviados ao Instituto, todos praticamente idênticos, os coordenadores afirmam que o IBGE não pode se colocar na posição de potencializador de tal catástrofe e para uma série de problemas que a realização do Censo este ano pode provocar, como alto percentual de domicílios fechados e de recusa por parte dos informantes, subnotificação voluntária dos sintomas da doença por parte dos contratados que são remunerados por produção, limitações de deslocamento de pessoas em veículos e dificuldades para o gerenciamento de equipes e postos de coleta em casos de infecção.