Os pastores da Igreja do Evangélico Quadrangular de Aracaju acusados de assediarem sexualmente evangélicas vão ser ouvidos pela Polícia Civil logo após os depoimentos de todas as mulheres que os acusam. O Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) segue com as investigações sobre as denúncias de prática de crimes cometidos pelo pastor Luiz Antônio e o filho dele Lucas Abreu, que também é pastor. Nesta terça-feira (20), a delegada Renata Aboim, que conduz o inquérito policial, disse que vai concluir a coleta de depoimentos das mulheres para em seguida ouvir os dois pastores.
O inquérito foi instaurado no dia 23 de março, pouco depois de registrado um Boletim de Ocorrência no plantão do DAGV, relatando crimes praticados contra mulheres, membros da Igreja do Evangelho Quadrangular. As equipes estão atuando para concluir as investigações o quanto antes, mas a Polícia Civil pode pedir dilatação do prazo, a depender do ritmo das investigações e dos indícios e provas que surjam durante o processo.
Movimento acompanha o caso
Segundo o DAGV, a advogada e o Movimento responsável pelo caso estão em constante contato com a delegada que preside o inquérito policial e estão acompanhando pessoalmente todos os passos da investigação. Os pastores ainda não foram chamados, pois todas as vítimas serão ouvidas primeiro, seguindo um procedimento básico na atividade de investigação policial, sobretudo os casos que envolvem o DAGV.
“Podem surgir outras vítimas e teríamos que chamar os investigados novamente. O rito não é esse. Vamos esgotar as informações necessárias para o inquérito que estão sendo apresentadas pelas mulheres. Estamos acostumadas com procedimentos similares. Portanto, estamos fazendo todos os procedimentos com discrição, sem pressa, e baseados em procedimentos técnicos de investigação policial para que tudo seja devidamente esclarecido”, informou Renata Aboim.
Em Aracaju, o DAGV está localizado na Rua Itabaiana, no Bairro São José, através no número (79) 3205-9400. Em Nossa Senhora do Socorro, a delegacia fica na Rua 24, 168, Conjunto João Alves Filho. O contato é feito pelo (79) 3279-2450. Também é possível fazer denúncias pelo 181 ou 190. O sigilo é garantido
Fonte: SSP/SE