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Arcebispo de Aracaju condena negacionismo à pandemia

Dom João José Costa foi à Assembleia falar sobre a Campanha da Fraternidade

“A pandemia escancarou a desigualdade, a estratificação racial, econômica e social; estimulou o retorno ao mapa da fome, ao desemprego massivo, ao aumento da população de rua, deu força à cultura de violência contra as mulheres, pessoas negras, indígenas e pessoas LGBTs”.  Essa constatação é do arcebispo metropolitano de Aracaju, dom João José Costa. Ao proferir palestra, nesta quinta-feira (29), na Assembleia Legislativa, o líder religioso condenou o negacionismo sobre a realidade da covid-19 no Brasil.

Dom João José Costa foi ao Parlamento atendendo convite do deputado estadual Iran Barbosa (PT) para falar sobre a Campanha da Fraternidade 2021, lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Segundo ele, o tema deste ano (Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor) conduz as pessoas à superação das desigualdades. “Estimula o engajamento de ações concretas, promove a conversão para a cultura do amor como forma de superar a cultura do ódio e fortalece a convivência ecumênica e inter-religiosa”, explicou.

Em seu pronunciamento, o arcebispo de Aracaju disse ainda que os brasileiros vivem momentos difíceis por causa dos muitos muros construídos: “Do racismo, das desigualdades econômicas, da dificuldade de conviver com opiniões diferentes e de desrespeito e ataques às instituições”. Em seguida, dom João disse que, apesar das novas leis visando garantir que os direitos humanos incluam os grupos sociais, ainda permanecem as estruturas racistas e excludentes.  Precisamos proclamar a paz e a fé em Cristo para que possamos contribuir para a derrubada dos muros das divisões”, ensinou.

Estado laico

O deputado Iran Barbosa agradeceu ao arcebispo por ter atendido o convite de ir à Assembleia falar sobre a Campanha da Fraternidade 2021. Também lamentou as criticas feitas à Igreja Católica pela escolha do tema deste ano. Por fim, afirmou que o “papel que juramos à nossa Constituição é o papel de velar pelo caráter de não fazermos proselitismo dentro da nossa atuação política. O estado brasileiro é laico e é velando pela laicidade que mostramos a necessidade de acolhermos todas as religiões que cada um queira exercer e a mensagem trazida aqui hoje é de convivência fraterna com as diferenças”, concluiu.

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