Devido a quebra nas safras da cana-de-açúcar, a produção vai diminuir, o que significa preços mais altos para o açúcar e para o etanol, que deve ficar mais caro nas bombas. A previsão é da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), entidade representativa das principais unidades produtoras de açúcar, etanol (álcool combustível) e bioeletricidade A entidade prevê que, a partir da segunda quinzena de junho, a situação possa vir a se regularizar.
Outro fator importante é o aumento no preço do etanol. As revendedoras aumentaram a gasolina em 0,10 centavos, em razão do aumento do etanol anidro, que fecha em R$ 3,37 desde o último reajuste, realizado na sexta-feira (7). O aumento do preço nas bombas vai afetar diretamente o consumidor. O etanol anidro compõe a gasolina em 27%, ou seja, 1/3 da gasolina comum é etanol anidro. Se este sobe de preço, a gasolina sobe na proporção que ele representa. Hoje, já recebemos gasolina mais cara pelo efeito etanol anidro.
A Unica esclarece, contudo, não existir cenário para falta de etanol anidro. “O mercado de anidro é regulado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e 80% da demanda prevista para o período de junho de 2021 a maio de 2022 já foram contratados pelas distribuidoras. O que está acontecendo, diferentemente de outros anos, é que de fato haverá uma redução significativa na oferta de cana”, explica.