Movimentos sociais e sindicais realizam em Aracaju, neste sábado (29), um ato e uma marcha tendo como palavra de ordem o “Fora Bolsonaro”. A concentração será às 8h, na praça dos mercados centrais. A organização do protesto exige que os participantes respeitem o distanciamento social, usem álcool 70% e máscara. A caminhada percorrerá ruas da zona norte da capital.
O ato também será de repúdio a ação truculenta e ilegal de despejo da Ocupação João Mulungu, ocorrido no último domingo (23), no centro de Aracaju. Segundo nota da organização do ato “Fora Bolsonaro”, não foi somente a Covid-19 que matou mais de 450 mil pessoas no Brasil, das quais cerca de 4.880 moravam em Sergipe, “mas o governo Bolsonaro, com sua política de morte contra o povo brasileiro. Podemos dizer que, no Brasil, o presidente é pior que o vírus”.
Os movimentos sociais alertam que os depoimentos prestados na CPI da Covid instalada no Senado demonstram que o governo federal poderia ter evitado boa parte das mortes se tivesse comprado lotes de vacina ainda em 2020. “Mas além de vermos de uma ação de desdém com gravidade da pandemia ainda vemos em curso uma política que preza pela privatização do patrimônio público (venda da Petrobrás, Eletrobrás) e destruição dos serviços públicos com a reforma administrativa”.
Auxílio emergencial raquítico
Os organizadores do ato “Fora Bolsonaro” criticam, ainda, o valor insuficiente do auxílio emergencial e a falta de uma política para manter o trabalho e a renda, incluindo o abandono aos micros, pequenos e médios empresários. “E é, cada vez mais, um projeto de destruição da vida da classe trabalhadora, dos indígenas, quilombolas, dos negros e negras que morrem aos milhares, todos os dias, vítima da negação da ciência, da incompetência na gestão e da indiferença de um governo que coloca, sempre, o lucro acima da vida. Por isso, Aracaju se soma as ações empreendidas em todo o Brasil na luta pelo Fora Bolsonaro, por vacina para todos já, contra a fome e auxílio emergencial de R$600”.