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Senador diz que Bolsonaro está com medo de novos fatos

Alessandro Vieira alegou que o Ministério da Saúde tem se comportado de forma alarmista

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) acredita que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está com medo de mais revelações que possam ser levantadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. “ele sempre ataca e tenta descredenciar interlocutores e instituições. Quando deixa de fazer isso diretamente com referência ao deputado federal Luis Miranda (DEM), o presidente demonstra que teme novas revelações sobre equívocos na compra da vacina indiana Covaxin”.

Segundo o senador sergipano, a etapa atual da CPI tenta definir os motivos que levaram o governo federal a não comprar as vacinas contra a Covid-19. “Nós temos hoje no Brasil uma situação de pandemia fora de controle e parte desse problema foi causado pela inércia e dificuldade do governo em fazer a compra de vacinas. Isso foi documentado e está provado. A etapa atual da CPI tenta definir se essa escolha se deu por negacionismo, ignorância ou por interesse econômico”, frisou Vieira

De acordo com Alessandro, nessas negociações para a compra dos imunizantes Covaxin e CanSino “percebemos um método, uma forma de atuação: a imposição de intermediários no processo de compra, o que se afasta de todas as outras compras de vacina. Esse processo de intermediação gera um preço mais elevado, uma aparente interferência política, através do líder do governo na Câmara Federal, deputado Ricardo Barros, e todo um processo de pressão dentro do grupo de servidores técnicos do Ministério da Saúde”, afirma.

Crime de prevaricação

Alessandro Vieira falou, ainda, sobre um possível crime de prevaricação por parte do presidente da República. “Em tudo que estamos fazendo, sob o ponto de investigação, é preciso documentar, materializar. Os indicativos de crime de prevaricação são fortes, mas é preciso avançar um pouco mais nesse sentido, documentando, juntando a certidão de que não houve pedido de investigação em nenhum órgão de controle. É preciso também avançar no processo de identificação dos mandantes”, concluiu.

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