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Senador diz que CPI da Covid avança em outras áreas

Alessandro Vieira alegou que o Ministério da Saúde tem se comportado de forma alarmista

O senador Alessandro Vieira (Cidadania), integrante da CPI da Covid-19, destacou que as investigações começam a avançar em outras áreas após a constatação de que o governo federal falhou na compra das vacinas para tentar proteger os brasileiros em meio à pandemia. Em relação ao contrato da vacina indiana Covaxin, alvo de suspeitas de superfaturamento, o parlamentar confirmou o depoimento privado dos irmãos Miranda.

“A CPI começa a avançar em outras áreas. Comprovamos que o Estado brasileiro não foi eficiente na compra de vacinas para proteger os cidadãos. E, agora, a gente avança na questão das motivações. Por que o Brasil se portou dessa forma? Há o chamado gabinete paralelo, que se baseia numa anticiência e, agora, existe um novo grupo baseado, aparentemente, em interesses financeiros. É nesse ponto em que estamos”, disse Alessandro Vieira.

Alessandro Vieira também criticou a demora da leitura do requerimento pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para prorrogar a CPI. “Ele se recusou ontem a fazer a leitura do requerimento. Disse que faria essa leitura só no mês de agosto. Não faz o menor sentido, não é isso que o regimento determina. Quando você apresenta o requerimento, as condições e as assinaturas, só cabe a ele fazer a leitura a prorrogação”, criticou.

Caso Covaxin

Ainda na esteira da CPI, o contrato da Covaxin é um dos principais alvos de investigação no Senado. Para Alessandro Vieira, o esquema não ocorreu de maneira isolada e, por isso, necessita de aprofundamento nas apurações. “Parece ser ‘modus operandi’ de um grupo atuante no Ministério da Saúde. A CPI precisa aprofundar nessa área, lembrando sempre, a importância de se entender por que o Brasil perdeu tantas vidas”, afirma.

Após novas revelações de um suposto esquema de propina pela compra AstraZeneca, o senador afirma que já foram acatadas a convocação de novos depoentes para se esclarecer o caso. “Aprovamos a convocação de todos os personagens envolvidos nessa tratativa relativa a essa vacina comprada pela Davat. Ao mesmo tempo, a gente tem outras vacinas, como é o caso da CanSino, representada pela Belcher, uma empresa criada e dirigida em Maringá, cidade do deputado federal Ricardo Barros, com pessoas, na sua gerência, intimamente ligadas ao deputado”, disse.

O senador também afirma que a comissão já aprovou sessão secreta para ouvir o deputado Luis Miranda (DEM-DF), que afirma ter outras informações acerca do escândalo da vacina indiana. “Tudo isso caminha no sentido de uma forma de atuação, que inclusive se reproduziu em estados e que é o caso aqui do Distrito Federal”, pontuou. Vieira é autor do pedido de convocação de Ricardo Barros à CPI. O líder do governo na Câmara foi citado em depoimento do servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda e de seu irmão, Luis Miranda.

 

 

 

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