A tartaruga marinha albina, que está no Oceanário de Aracaju desde abril passado, já pode ser visitada pelos sergipanos e turistas. É uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), com sete anos de idade, 36 quilos e 68 centímetros de cumprimento. Segundo o Projeto Tamar, em dezembro de 2014, nasceu um ninho destes quelônios com 118 filhotes, sendo que oito deles eram albinos.
O albinismo é uma característica encontrada em diversos animais. É pouco comum, mas pode acontecer com qualquer uma das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil. Ao longo dos 40 anos de atividades de pesquisa da Fundação Projeto Tamar, não se tem notícias de tartarugas albinas jovens ou adultas em vida livre nos oceanos. Apenas indivíduos criados em tanques desde o nascimento.
Sobrevivência difícil
Para cada 1000 tartarugas que nascem com a coloração típica das espécies, calcula-se que apenas uma chegue a idade adulta. As chances de sobrevivência de filhotes albinos na natureza, sem a camuflagem natural proporcionada pela cor, no entanto, é mínima. O albinismo é uma característica de origem genética, em que os genes responsáveis pela produção de melanina (pigmento que dá a cor à pele e aos olhos), não funcionam direito. Os filhotes albinos nascem, portanto, sem coloração. São brancos!
A falta de pigmentação na íris dos olhos dos albinos, faz com que aparentem ter olhos vermelhos, refletindo a coloração dos vasos sanguíneos que irrigam o órgão. Os animais albinos também costumam ter menor acuidade visual e maior sensibilidade a luz. Além de trazer dificuldades para as tartarugas se camuflarem no ambiente, o albinismo pode causar dificuldades visuais e por consequência dificuldades para se alimentar, além de outras malformações genéticas que muitas vezes impedem os filhotes de nascerem.
Fonte e foto: Projeto Tamar