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Máscaras de tricô

Por Antônio Samarone *

Fui a um supermercado, aqui perto, e a moça do caixa estava com uma vistosa máscara de tricô. Questionei a utilidade. Ela, com um leve sorriso irônico, me respondeu: “e quem disse, que o vírus sabe o que é tricô?”

Paciência!

A máscara é um Equipamento de Proteção Individual (EPI), usada por profissionais que entram em contato com pessoas portadoras de doenças contagiosas. Esta máscara, usada corretamente, protege contra a Covid-19.

Ocorre que as máscaras (EPI) custam caro e são desconfortáveis. Uma máscara dessas, de uma marca famosa, como a 3M, custa cerca de vinte reais e são descartáveis. Não podem ser reutilizadas.

O segundo tipo de máscaras industrializadas são as cirúrgicas. Bonitinhas, práticas, mas impedem apenas que você contamine os outros, sem a função inversa. Uma meia boca, melhor do que nada. Entretanto, o seu usuário não está livre de contrair a Covid-19. Também são descartáveis e custam um real cada.

E as máscaras de pano? Bem, aí a conversa é comprida. Dependendo da impermeabilidade do pano, podem cumprir a função da máscara cirúrgica, se usadas corretamente.

Claro, não adianta usá-las no queixo, cobrindo apenas a boca, folgadas, reutilizá-las sem a necessária higienização ou penduradas na orelha. O comum é a pessoa passar o dia inteiro com a mesma máscara de pano, toda hora bota e tira, ajeita com a mão, joga em qualquer lugar. E quando chega em casa, sacode no sofá para usar no dia seguinte.

No Brasil, o uso incorreto das máscaras, tornou-as mais um veículo de transmissão. Ainda se pergunta o porquê da Covid-19 ser tão insistente.

As máscaras precisam ser descartadas com cuidado.

* É médico sanitarista

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