O conselheiro Carlos Alberto Sobral de Souza encerrou sua passagem pelo colegiado do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE) nesta quinta-feira (22), em sessão solene do Pleno. Prestes a completar 75 anos de idade, o decano do colegiado se aposentou de forma compulsória e encerrou uma trajetória iniciada em maio de 1985, ainda como auditor.
“A hora agora é simplesmente de agradecer a todos pela atenção e carinho que sempre tiveram comigo; a meus colegas conselheiros, à minha esposa e a todos os servidores porque sem eles nossas atividades também não sairiam de forma satisfatória”, destacou Carlos Alberto.
Homenagens
A sessão foi marcada por uma série de homenagens em reconhecimento ao trabalho do conselheiro, que chegou a presidir a Corte em quatro oportunidades. Os depoimentos se deram em vídeo exibido na ocasião e também presencialmente. “O conselheiro Carlos Alberto Sobral marcou época no TCE e será sempre lembrado, sobretudo pela sua alta capacidade técnica ao lidar com diversos temas no exercício das suas atividades”, destacou o presidente do TCE, conselheiro Luiz Augusto Ribeiro.
Membro que há mais tempo conviveu com Carlos Alberto no colegiado, o conselheiro Carlos Pinna citou a obstinação e a bondade como as maiores qualidades do colega. “Seu trabalho é desenvolvido com o maior talento de jurista da nossa geração e, mais do que isso, de autoridade pública em postos muito relevantes que ele soube desempenhar com tranquilidade, determinação, altivez e muito talento”, disse Pinna.
Trajetória profissional exitosa
A conselheira Susana Azevedo observou que não é momento de despedida, mas de exaltação “a uma trajetória profissional exitosa, honrada e extremamente enriquecedora para o Tribunal de Contas dos sergipanos. É impensável falarmos no TCE sem remetermos à imagem do nosso decano, um homem de profundo conhecimento técnico, estudioso incansável, sempre atualizado com o que de mais recente se vê nas decisões dos tribunais brasileiros”, comentou.
Assim também avaliou a conselheira Angélica Guimarães: “Este momento deve ficar registrado pela gratidão, tendo em vista a sua brilhante trajetória de trabalho e luta em favor da justiça e do bem estar social; por ser um homem de caráter justo e conciliador, vossa excelência, ao longo de 36 anos, fez escola aqui no TCE de Sergipe”.
Já o conselheiro Flávio Conceição salientou que o fato de Carlos Alberto “ser amigo de todos e inimigo de ninguém ja fala por si”. Flávio acrescentou que seguirá aprendendo com o homenageado, “não apenas como conselheiro, mas principalmente como ser humano retilíneo, correto e austero, humilde e obstinado pela vida”.
Também presente na ocasião, o procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC/SE), Luis Alberto Meneses, pontuou que o decano do TCE sempre manteve um debate honesto com o MPC. “No meu caso, pessoalmente, gostaria de registrar que sempre, nos nossos debates, aprendi algo com vossa excelência, mesmo quando discordamos; o conselheiro Carlos Alberto deixa um legado e um desafio de superação para as futuras gerações”, concluiu.
Para a diretora técnica do TCE e esposa do conselheiro decano, Patrícia Verônica, sua dedicação à Corte “engrandeceu e engrandece a administração pública sergipana com os seus valorosos conhecimentos, com a sua conduta altruística, cuja trajetória faz jus a um livro”.
Mais homenagens
Antes mesmo da reunião do Pleno, o conselheiro Carlos Alberto recebeu duas placas em reconhecimento ao seu trabalho: uma do Sindicato dos Servidores do Quadro Permanente Efetivo do TCE (Sindicontas/SE), entregue pelo presidente, Anselmo Costa Santos; e outra da Associação dos Analistas de Controle Externo I e II do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (Acerte), entregue pelo vice-presidente, Vanderson Melo.